Tuesday, July 29, 2008

Uma breve análise sobre o final de semana.

Final de semana é quase um evento para boa parte da população mundial, isso não seria diferente para este pequeno e seleto grupo de amigos. E o último final de semana foi assaz diferenciado, ao menos pra mim, e com certeza pra ti, pra ti, mas tu ali não. O final de semana começou como todos os outros, com o Lizzard puto com alguma coisa. Mal deu 18h de sexta e lá estava ele chutando tudo e gritando com sua velha vó velha. Do outro lado do mundo em um lugar de poucos pelos, e porque não, um lugar de poucas botocas, estava o Bombacha, se olhando no espelho. Ele não gostava do que via. Sua mãe abriu a porta, ele a chamou de vadia e mandou-a se fuder, ela falou que tinha sobrado tripa de porco e ele correu pra colocar no microondas. Enquanto o carequinha corria atrás de sua gordura com pedaços de carne passava o Pavê de bike em frente a sua casa, estava indo da casa da Claudinha para a casa da Vanessinha, mas primeiro ele ia passar na casa da Bruninha, toda belas mulheres de 14 anos, “ninfetas sexuais” dizia Paz. Na mesma linha de estilo estava DellHell em uma piscina qualquer de Boa Vista, flertando com todas as garotas que estavam na piscina ao mesmo tempo que tentava bater o recorde estadual, que era dele. Estavam todos fazendo alguma coisa, menos o Sírio, que neste momento cuspia bolas de sangue do tamanho de um coelho (do tipo africano) enquanto assistia um anime radical sobre teenagers lésbicas.

A noite fio pousando lentamente, e no calendário na estante da casa de Menino Brilhante se lia “final de semana do people da facul”, os kojiros não tiveram sorte dessa vez. Mas mesmo assim diversas msgs foram trocadas até que se marcou um mega encontro em um dos barzinhos da cidade, o que é por demais curioso, haja visto que 80% dos integrantes deste blog não bebiam, isso mesmo não BEBIAM, pois agora são todos alcolatras inveterados. Culpa do lugar onde foram parar depois do barzinho, um antro cabalístico de poder, magia e taras mal resolvidas. Lá conheceram duas coisas que vale a pena ressaltar mais de 10 garrafinhas de cerveja, que deixou o Wesndesdey mais pra lá do que pra cá, e Lorena. Pavê também se sentiu tonto após tanto álcool e gritava aos berros “Tsurrarriiirrriiiii!” sua típica risada homosexobixa. Lá foi descoberto muitas coisas, mas o mais relevante é que o menino Lizzard consegue dilatar sua mandíbula mais do que qualquer um. De lá os rapazes se mandaram para lugares lotados, parando por fim do Deres, isso mesmo aquela lanchonete que sempre gosta de ganhar um trocado em cima dos clientes. A sexta já tinha valido a pena. Mas calma caro leitor só ta começando, pois no sábado mais funny moments, viajemos um pouco no tempo até o momento em que chegavam todos a boate A Barata Sexual, uma espécie de casa noturna sexual, onde os clientes dançam e se divertem em jogatinas super criativas na frente de todos, uma atitude Betinha? Com certeza. Mas o que chocou foi quando, de um carro vermelho descem duas pessoas, mão entrelaçadas e corações ainda mais, era o Vascaíno Cocô de Rolinha e Jigg Saw Girl. A boate lá dentro estava bombando, não que estivesse lotado, mas é que tinha tanto cara com esteróides que era difícil até pra andar. E tinha mulher? Tinha no padrão Boa Vista, 1 pêra, 1 uva, e 90 salada mista.

Com uma dança erótica e revolucionária Menino Lizzard tratou de descer um safanão em um garota que perguntara se ele era menor de idade, o tapa foi tão forte que depois ele teve que se atracar nela para fazer respiração boca a boca. Em uma outra parte da vasta casa de dança estava Dellano com seu swing envolvente...digo, revoltante. Mas mesmo assim foi parar na faixa de pedreste e desceu até o chão, mas não foi uma só não, rolou até flashtime com a Scrap Girl. E quando todos estavam em um amasso sensual, Pavê e Fricassê, ficaram sem ter o que fazer. Poderiam ter beijado na boca, mas e se as garotas tivessem HERPES BROTHER??!?!? Era melhor não arriscar. Vai que aparecia um sapo cururu e mijava bem no teu olho. (uhahuahuahuahua). Mas o importante é que aquele sábado fora um sábado feliz, a alegria estava estampada nos rostos brancos e arianos dos kojiros. Neste momento apenas quem se contocia de infelicidade era Bomber, que trava uma batalha com seus irmão na busca da grosseria perfeita.

Depois de uma noite de sono gostosa, e por que não, fogosa entre Pavê e Fricassê, chegou o domingo, sabe como é? Aquele onde surgi o sol devagarzinho, com uma música do Donovan Frankenreiter de fundo, voz e violão. Aquele domingo bom que promete muitas coisas, mas que no fim o Pavê fica com preguiça e nada se realiza. O dia correu tranquilamente, cada um no seu quadrado, cada um em sua casa e o Sírio na casa do Naruto.

No Pricumã as crianças se divertiam, corriam na rua chutando as poças de água, formadas com a chuva da madrugada, enquanto Luiz com lágrimas nos olhos desejava matar cada uma delas, tirar suas vidas felizes. Dellano do outro lado brincava com seu gatinho de três pernas e para não ser injusto ele corria apenas com uma das pernas. Pavê dormia. Lucky7 estava no submundo criminoso da facul. E Sírio assistia Nignraisama X.

De tarde mais flashtime, não com o Dellano, e mais Chifre de Corno com direito a “Tsurrarriiirrriiiii!” no final. De noite o trio paquetá se reuniu e viu bom filme de comédia, o Agente 86, que é uma bela....bela legal. A noite terminou como começou o final de semana, bom e tranqüilo. No fight entre os KaPirotes, e too many Girls, por isso a partir de hoje o kojiropain.blogspot.com se torna betinhopain.blogspot.com.

Lisa Wonderstain

Estar solteiro novamente não implica apenas em não ter uma transa garantida ou presentes em data especiais. Vai além mesmo da segurança emocional e do estado conformista de ‘ser o que se é’. Quem me conhece, ou seja, os leitores deste blog, até os que não comentam e se escondem por trás das sombras da vergonha e das árvores da libido e da inveja sabem que sempre fui muito coerente com o que acredito, gostem ou não, mas é difícil queimar minha língua naquilo que deposito minhas palavras, não estou falando de coisas mundanas, como Vasco X Flamengo, mas de convicções mais enraizadas, como religião, como amizade, como seriedade, como coragem, disposição... Mas mesmo assim estou solteiro. Um estado puramente emocional? Pra mim sim, percebo agora que sim. Mas a falta de uma entidade eterna (enquanto durar) do meu lado (esta oração é puramente figurativa) pode sim estabelecer novos posicionamentos, na verdade são exigidos novos posicionamentos. Posicionamentos estes que devem agora condizer com a sociedade ideal para mim, com fins nos confins das minhas metas. Não digo mudar o próprio nome e pintar o cabelo, mas de uma forma ou de outra o fluxo retoma o ponto de partida e mais uma vez você percebe que você esta fora de um eixo, que pode até não ser desejável, mas é perigosamente egoísta, se você se afastar muito dele ele quebra você. Ser solteiro mais uma vez é olhar no espelho depois de muitos anos, é ver que sua barba cresceu, longas cabeleiras caem sobre seus ombros, muitas rugas estão lá e o pior: você pode não se reconhecer ou até se odiar. E não me venha dizer que uma simples gilete resolve o assunto, não se tira aquilo que você passou anos construindo, lapidando. Não é fácil cuspir pra cima, pq vai sempre cair na nossa cara. É fácil quando ninguém vai olhar, é fácil quando você não tem boca pra dizer que tudo mudou, que você mudou. Mas se tem alguém ali te olhando, não é tão fácil não. Não vou renegar o monstro (no bom sentido da palavra monstro) que eu me transformei, não pq eu goste de tudo que sou, mas simplesmente não dá pra virar evangélico ou colocar um abadá, isso é atitude de fraco, e por mais que eu o seja de muitas formas, não serei neste quesito. Não irei fazer aquilo que eu sempre critiquei, até pq já aprendi a confiar em mim, mais do que em tudo. Afinal de contas a alguma coisa você tem que se agarrar. Não dá pra ficar mudando de forma desesperada, amanhã não me reconheceria, e é difícil amar aquilo que não tem forma, e eu amo me amar. No fim, só tem uma pessoa que é perfeita para nós mesmos, e nunca é de outro sexo, essa pessoa se chama Me, My Self and I. Ela será a última pessoa na qual perderemos a confiança, ela jamais nos trairá, nem nunca vai se separar da gente, e até no suicídio é ela que faz aquilo que não temos coragem. Por isso que digo, não da pra mudar o que nós somos na raiz, isso envenenaria toda a árvore e subjugaria todos os nossos frutos. Mas é preciso reavaliar uma série de coisas, sem dúvida. É preciso se redescobrir e ver que tem muita coisa errada, muita coisa fora do lugar, uma faxina do caralho, difícil de fazer, ao menos quanto se esta só. Tenho a sorte de ter uns bons amigos de merda, isso facilitaria pra qualquer um, mas o trabalho é quase todo de uma pessoa só. São muitos questionamentos, todos visando o mesmo objetivo, de todas as pessoas, de todas as nações, até do próprio e bom Jessé Custer, como matar Deus (isso foi uma piada). Repetindo: ...o mesmo objetivo, de todas as pessoas, de todas as nações, a busca pela miserável felicidade. Um miserável punhado de vibrações neurais que nos fazem gozar, sorrir, e pular de forma descontrolada. Nosso azar, e nossa sorte talvez, é que os cientistas de todo o mundo estão mais preocupados em encontrar a cura do câncer do que inventar a Injeção da Felicidade, que seria mais cabível. E a procura por esses tais momentos de puro gozo é que trazem a tão falada transformação. Estar solteiro novamente é ter que achar uma nova fonte de felicidade pra beber, pq a que eu tinha, acho que exagerei, bebi demais e ela secou. Mas não é simples não. Talvez seja pro Felipe, o mais Betinho do grupo, mas convenhamos que não é. É difícil ser o que se quer e ao mesmo tempo ser aceitável, não sou nenhum rockeiro sujo e jogador de rpg querendo pegar as gatas do objetivo, não se trata disso. Mas eu preciso de segurança, como qualquer um aqui, eu preciso de um ombro não apenas amigo, mas um que tenha um seio logo abaixo, no fim das contas ninguém vive só e para não ficar pra sempre só as pessoas tem que mudar, pouco ou muito quem decide somos nós, mas enfim, da pra brigar sim contra o sistema Betinho do mundo, mas pra isso teremos que abrir mão da pegar a Lisa Wonderstain, e ela é tão linda.

Obs. Os personagens dessa história, assim como o próprio autor são todos fictícios, todos fazem parte apenas de sua imaginação.

Sunday, July 27, 2008

O Nome da Lâmina - Cap. 14

O Nome da Lâmina - Capítulo 14
A Verdadeira Armadilha





Os cascos do cavalo provocavam rápidos e sucessivos baques surdos contra o solo macio da floresta. Lobo galopava furiosamente através da floresta de Arkanum, debilitado, porém movido por uma determinação implacável, seguia a trilha que os quatro soldados sobreviventes haviam
deixado, que o levaria para aquela espessa coluna de fumaça negra no horizonte e, se fosse rápido o suficiente, para a verdade sobre seu passado.

Ainda pensava na história que o aztahli Jones lhe contara, sobre os Ogin, suas glórias em combate e seu trágico fim, pelas mãos do traidor, Kahn. Seria ele o Homem de Porcelana? E teria ele, Lobo, sido mesmo um Ogin? Quem era Kin Sarrah, o nome que lhe fora dito em sonho? o homem
que poderia esclarecer suas dúvidas aguardava no fim da trilha. Mas não seria fácil assim, ele sabia. Era uma armadilha, mas seja lá oque o aguardasse, um exército de horrores ou um poderoso acordador, ele retalharia tudo que o tentasse impedir.

Um outro barulho de galope se fez notar próximo. O samurai olhou em volta e viu, a certa distância, que o Grande Lobo Branco corria a seu lado.

- Suzeram! - Exclamou o samurai.

- Vejo que andou aprendendo -

- Então é verdade, esse é seu nome! porque não me contou? -

- É um deles, não tem realmente nenhuma importância, tem? eu sou o mesmo, quer você me chame de Suzeram ou Grande Lobo . -

Era verdade, dispensável qualquer resposta.

- Eu vi seu desempenho utilizando o Kal - Começou Suzeram - Arriscado, você poderia ter morrido junto com o garoto. Por que não simplesmente
cortou a cabeça dele? -

A voz de Suzeram era etérea, parecia vir de todo lugar, da própria cabeça do samurai, que estranhou a pergunta.

- Eu sou um guerreiro, não um assassino. - Respondeu.

O Grande Lobo assentiu com a cabeça, e desapareceu.

Cortar cabeças de inocentes não era o estilo de suzeram, qual era o objetivo daquela pergunta? Lobo cavalgou por algumas horas, o sol se pôs e deu lugar à noite, tornando o percurso mais difícil, o clarão alaranjado cada vez mais próximo, então, ele finalmente chegou à estrada
principal.

Lobo saíra da floresta, a estrada principal era uma larga faixa de terra batida cercada de mata dos dois lados, diante dele, estavam os muros do acampamento, feitos de madeira e com pelo menos três metros de altura, algumas partes haviam depencado, e por essas brexas Lobo podia
enchergar la dentro, um labirinto de destroços e barracas em chamas.

O cavalo relinchava com medo do fogo, e recusava-se a avançar, O samurai então o deixou, correu e saltou por uma das brexas no muro, adentrando aquelas chamas infernais.

O calor era insuportável, e a fumaça intoxicante, o samurai avançava por entre as vielas rapidamente, segurando o kimono contra o nariz. Até o tempo se distorcera, ele não sabia se havia andado uma hora ou cinco minutos, mas chegara a uma espécie de vão principal no centro do acampamento, que o dividia em dois, lá havia espaço para respirar e o calor não era tão intenso.

Ele arfava e suava muito, começara a se perguntar se realmente poderia haver um sobrevivente, quando, mais adiante da fumaça, enchergou um vulto indistinto.

Ele se aproximava às pressas e viu: Havia um tronco em meio à clareira, e uma corda pendia dele, na corda, amarrado pelas mãos e suspenso a dois metros de altura estava um homem. Ele tinha cabelos longos e barba espessa, vestia uma armadura e uma capa vermelha, estava desacordado ( não podia estar morto!) a capa o envolvia de modo que ele lembrava um saco de carga muito surrado, Algor estava deplorável.

Havia um amontoado de coisas abaixo do homem, destroços ou sacos de suprimentos, Lobo não via bem, mas ele podia subir e tirá-lo de lá. o samurai correu para o pequeno monte, mas, quando estava diante dele, uma coisa estranha aconteceu. Um par de enormes olhos vermelhos, com pupílas em fenda se abriu, e um forte brilho vermelho surgiu no monte escuro, uma agitação no ar como uma forte respiração.

Lobo rolou para o labo instintivamente, sentiu uma baforada muito quente passar a centímetros dele, lhe causando muita dor. Ajoelhado, ele olhou a volta e viu que um rastro de fogo se estendia da sua antiga posição até uma pequena cratera mais adiante, o monte negro agora se erguera sobre quatro patas, com imensas garras muito afiadas, era na verdade uma imensa criatura, uma espécie de lagarto gigante, sua pele tinha um aspecto pútrido, e vários ossos pontiagudos surgiam nas suas costas, desde a cauda, e terminavam em um grande chifre vermelho na posição do nariz, ele parecia um grande pesadelo em meio à fumaça negra.

Um novo tipo de Horror? pensou Lobo, mas então constatou outra coisa, em volta do pescoço da criatura havia um cordão de metal, e pendurado nele uma pequena bolinha de vidro, alikal. O grande monstro era um acordador!

- Eu sou Inferno, um dos quatro grandes acordadores, estive esperando por você .. - Disse a criatura por entre seus enormes dentes, com uma voz muito grave, rouca, e um bafo quente de podridão e morte - .. e eu não gosto de esperar! -

Dito isso, o grande chifre vermelho na cabeça do mostro começou a emitir um intenso brilho vermelho. o samurai ficou de pé, esperando o pior. Ele sentiu a criatura sugar o ar em volta inflando seu peito. O monstro abriu a boca de forma ameaçadora, seu toráx se contraiu rapidamente e uma imensa bola de fogo foi cuspida na direção de Lobo.



Próximo Capítulo: Um Nome

Friday, July 25, 2008

...Smoke This!


click to Biiiiiiiiggggggg.

Monday, July 21, 2008

A Besta

O garoto ficou um bom tempo alí no sereno, na chuva calma da noite quente. Viu uma ave negra cortando o ceu como uma faca invisível e sentiu medo pela primeira vez. Os sons que viam das árvores pareciam vozes, mas era apenas o vento brincando com sua não existência. As gotas caiam lentamente no chão fazendo pequenos barulhos que juntos formavam um chiado baixo, como centenas de abelhas a centenas de quilômetros. O garoto apertou ainda mais forte a corrente em suas mãos, um entrelaçado de anéis de prata, sem fecho. Talvez partido de seu pescoço. O garoto tinha lágrima nos olhos e trêmia a cada novo relámpago que disparava no ar e ia se encontrar em alguma árvore próxima, fazendo uma fogueira de fumaça forte e bailarina. Uma casa simples e de paredes brancas trêmia sob o som dos trovões. O garoto olhava para ela e sentia os olhos se encherem de lágrimas, queria entrar dentro dela, fugir de alguma coisa que vinha atrás, o perseguindo por entre as árvores. Gritou por sua mãe, mas não ouve resposta. Ele tentava lembrar do nome dela, talvez assim ela pudesse ouvir, mas não conseguiu lembrar, começava com a letra 'C'. Poderia ser Clara. Mas não era. E não deu jeto apertar a mão contra a testa, o nome não veio, e mais lágrimas rolaram. O medo começou a tomar uma forma, começou com uma agonia violenta e uma vontade de correr, e terminou com um rúgido das árvores as suas costas. O garoto se virou, sentindo a mente se curvando sobre o próprio pensamento, algo como subir em uma escada que desce ou mergulhar em um mar de ar. A corrente caiu no chão quando o garoto avistou uma besta saindo de trás das árvores. A besta era laranja e preta, como todo tigre, mas era maior e tinha olhos languidos e débeis. Como se por dentro não houvesse carne ou osssos, apenas fumaça cinza ou espíritos. O garoto tentou correr, mas os pés não saíram do chão, avistou a casa e viu uma pessoa na janela, parecia acenar, pedindo que fugisse ou que se escondesse. O garoto gritou e nada saiu de sua boca. Ele olhou novamente para a besta, mas o tigre não estava mais lá, em essência estava, mas agora não tinha mais os olhos lánguidos, e tinha a forma de uma cabra ou um bode. E então a besta avançou. Correu na direção do menino que só soluçou e aceitou seu destino, sentiu os pés sairem do chão e as mãos tatearem o vazio enquanto caiu em um buraco negro sem fim.


No instante em que caia eu acordava em minha cama, gemendo algo incompreensível. Fôra a segunda vez que eu tivera o mesmo sonho, a última quando eu tinha 8 anos. Sentei na cama, senti as lágrimas subindo aos olhos, levantei e fui procurar por minha mãe.

Filosofando numa tarde qualquer de plena morgação total

.


Dellano: Cara, por que as moscas conseguem escapar da nossa mão, mas não conseguem escapar do mata mosca?
Gustavinho: Bixo, deve ser por que não dá de ver. Deve ser essa cor e tal...
Dellano: Acho que não pow. Acho que deve ter mais a ver com o fato de ser tipo uma telinha, aê não desloca tanto ar como a nossa mão.
Gustavinho: É...
Dellano: Por que elas sentem o deslocamento de ar e não exatamente vêem algo se aproximando. A visão delas deve ser limitada.
Gustavinho: Pode crer...
Dellano: (...)
Gustavinho: Ou talvez ela pense que seja uma mosca gigante.
Dellano: ?
Gustavinho: ...Aí a mosca pensa que é a Mosca-deusa e fica perplexa, parada.
Dellano: ...E quando percebe, já tá indo pro céu das moscas.
Gustavinho: Pode crer. E chegando lá, elas encontram as 100 bostas recém cagadas.
Dellano: Tipo as 100 virgens dos muçulmanos?
Gustavinho: É...
Dellano: É, vai ver que é isso...





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Tuesday, July 15, 2008

Que diabo de notícia é essa?!

ATENÇÃO: A notícia a seguir foi retirada do jornal RORAIMA HOJE, portanto não é uma obra de ficção.


  • NA PERIFERIA - ‘Filhos de satã’ atacam outra igreja

    Amilcar Júnior

    Afilhados de Belzebú atacaram, neste final de semana, outro templo sagrado localizado bem no meio da infernal rua Raimundo Alves de Souza, no demoníaco bairro Jardim Tropical, zona Leste da sangrenta periferia da Capital.

    O pastor da congregação, Cristiano Correa Fernandes, 28 anos, procurou o 4º Distrito de Polícia para relatar que os seguidores de satã arrombaram a porta dos fundos da Igreja do Evangelho Quadrangular e levaram a aparelhagem de som.

    Com certeza possuídos por espíritos demoníacos, os vagabundos surrupiaram mesa de som, amplificador e aparelho DVD. O pastor não tem suspeita, mas os arcanjos do Senhor, disfarçados de tiras do 4º DP, já estão na cola dos capirotos.

  • Na saída de igreja

    Seguidores de Lúcifer, filhos das trevas, atacaram neste final de semana, perto do Supermercado Gavião, no satânico bairro Alvorada, um menino que acabara de sair de um culto.

    Três vagabundos armados com facão abordaram o garoto, assim que ele montou em sua bicicleta. Depois, cheios de ódio no coração, os marginais ordenaram que a vítima desmontasse da ‘magrela’. Foi o que fez.

    O menino voltou para casa e contou o ocorrido a sua mãe, a doméstica Wanderlânia Pimentel Saldanha, 37 anos. A mulher, então, correu até o 4º Distrito de Polícia e deu queixa. Os tiras angelicais investigam o caso.


Para rir.. ops ler um pouco mais acesse o site do Roraima Hoje clicando
aqui.


Monday, July 07, 2008

O Nome da Lâmina - Capítulo 13

O Nome da Lâmina - Capítulo 13
Você se veste como um Ogin


Estou... morto?

Foi o primeiro pensamento de Lobo após ser atingido pela energia, e ser cegado pelo imenso clarão. Todo o seu corpo doía, e ele se sentia fraco como se não dormisse a uma semana. Mesmo assim, ele abriu os olhos.

Não entendeu onde estava, mas estava atordoado demais para refletir. Estava deitado, e tudo envolta era branco e ofuscante. Levantou-se aos tropeços. Olhou em volta, mas não havia o que ver. Estava no meio de um grande nada branco. Ele riu com um pensamento louco.

Não estou morto! não sei onde estou mas não estou morto! tudo ficou preto quando morri, não se parece muito com isso aqui.

Um barulho, um sussurro às suas costas. Ele se virou e viu que no meio do grande nada havia um homem agachado. Ele estava de joelhos e apoiava as mãos no chão, para onde tinha o rosto voltado, era muito forte e tinha espessos cabelos negros. O homem respirava com dificuldade, parecia muito ferido, Lobo se aproximou cambaleando para ouvir.

Ele continuava a repetir um nome que Lobo desconhecia.

Lobo se aproximava devagar, e viu que o homem sangrava. O sangue escorria por seus braços e pingava de seu tórax, tornando a poça vermelha abaixo dele muito destacada no nada branco.

- ... Não confie em seus olhos ... - Disse o homem quando Lobo estava a poucos passos.

- Senhor ? - Tentou Lobo ainda se aproximando.

- Me ajude... Me ajude... - Disse ele e estendeu uma mão, ainda olhando para o chão.

Lobo ia se agachando para ajudar o homem a se erguer, quando ele se levantou de subito segurando-o firmemente, seus olhos verdes muito arregalados a encará-lo, então ele gritou um nome.

O samurai se ergueu repentinamente com uma exclamação de susto, abriu os olhos e contemplou a luz do sol, e a floresta de arkanum a sua volta. Ele estava sentado sobre uma colcha e arfafa, diante dele, de pé, estava o grande soldado negro.

- Sonhos ruins ? - Perguntou ele.

O samurai confirmou com a cabeça, seu corpo todo doía mas ele estava lúcido.

- Quanto tempo... como ... ? -

- Calma, depois daquele... clarão ... não havia sinal de você ou de zaquerdon, começamos a procurar e encontramos os dois no meio da floresta, em direções contrarias. Foram arremessados longe, e estavam desacordados, mas respirando. Você dormiu por várias horas, o sol vai se por em pouco tempo. -

Lobo olhou para o lado e viu que em outra colcha dormia o rapaz louro cuja vida ele salvara. Onde estava o garoto ?

- Onde esta o garoto que me acompanhava ? - Disse o samurai, apanhou sua espada que repousava ao lado da colcha e se levantou com certa dificuldade.

- Pedro? Está pescando o jantar com Dexter, ele estava muito preucupado com você, foi difícil convencê-lo a se distrair. Esteve o tempo todo a seu lado, é seu filho? -

A pergunta o atingiu mais doque ele esperaria, gostava da idéia e não conseguiu negá-la. Apenas nada disse.

- Não quero me intrometer, a propósito, obrigado. Zaquerdon ainda não acordou mas vejo que ele dorme tranquilo, estamos em débito com você. -

- Eu também estava salvando a mim mesmo - Respondeu o samurai.

- A propósito qual o seu nome? eu sou Phillip, aquele dando água aos cavalos é Jones, e o ruivo que não está presente é Dexter -

Qual o seu nome ? essa pergunta o fez lembrar sobre seu "velho amigo" que deveria estar morrendo no acampamento militar nesse mesmo instante, ou já servindo de ração para urubus.

- Eu sou Lobo - Se limitou a dizer.

- É estranho mas, você se veste como um Ogin -

Lobo não entendeu, mas a palavra Ogin lhe era familiar.

- Um Ogin ? -

- Você não sabe quem são? bem, muita gente não sabia antes de começar o Grande Horror - Fez uma pausa - Os Ogin eram uma espécie de lenda, guerreiros exímios, mestres da espada e do arco, vinham de além das montanhas geladas do sul, de uma cidade mítica chamada Shamu. Andavam em bandos, eram mercenários, mas ao que me parece seguiam um rígido código de ética. Quando começou o Horror, assustado pelas derrotas de seu exército, o próprio imperador de Azta contratou todos os grupos Ogin para auxiliar o exército contra os Caveiras Negras, isso foi a dez anos, poucos soldados que lutaram naquela época sobreviveram, mas estes contam estórias incríveis sobre os Ogin, seu heroísmo e habilidades implacáveis. -

- Você fala deles apenas no passado, oque aconteceu com eles ? -

- Azta com a ajuda dos Ogin, estava quase ganhando a guerra, mas eles foram traídos, um de seus próprios guerreiros aniquilou todo o restante do clã e se aliou aos Caveiras Negras. -

Lobo achava que seu passado se relacionava profundamente com a estória narrada.

- Quem é esse guerreiro? Ele ainda vive ? -

- Eu não sei se ele ainda vive , falo com propriedade sobre os Ogin e a guerra porque meu capitão foi um dos sobreviventes que lutou ao lado deles, Algor sempre quis combater o Grande Horror, na esperaça de encontrar esse guerreiro nas suas fileiras, e vingar os Ogin. Seu nome era Kahn. -

Kahn então esse era o nome. Lobo tinha montado a estória toda na mente, ele fora um Ogin, lutara e morrera em combate, talvez assissanado pelo próprio kahn. O grande Lobo Branco disse que o Homem de Porcelana era ser semelhante, ele queria dizer que ele também era um Ogin? O Homem de Porcelana era kahn, o traidor ? e Algor, Phillip disse que Algor conheceu os Ogin.

Um estalo na mente de Lobo. Algor era seu "velho amigo".

- Onde está seu capitão ? - Perguntou ele exaltado.

- Acredito que ele tenha caído em combate, ficou do lado de fora quando os portões se fecharam... -

- Acredite em mim, talvez ele esteja vivo. O que pretendem fazer a partir daqui? -

- Vamos ao posto avançado de vigia, é um ponto em meio à floresta se existem outros sobreviventes estarão lá, Então planejaremos alguma coisa para deter aquelas... coisas. Eles marcham para Vintara, capital do império. Seria um massacre total. -

- Você disse que me devem um favor, e eu preciso de três. Quero um cavalo, irei ao acampamento onde foram atacados, segundo, Quero que levem o garoto em segurança até esse local aonde pretendem ir, e quero que marque o caminho a partir daqui e esperem por mim lá, então ajudarei a pensar em algo sobre a cidade. De acordo? -

Phillip pensou por um instante, não conhecia o guerreiro, Lobo, mas sabia que era uma pessoa que era bom manter como aliado.

- Está bem, fale com Jones ele lhe dará um cavalo, mas devo advertí-lo que é loucura... -

Era loucura e meia, posto que Lobo sabia ainda de outra coisa, era uma armadilha do Homem de Porcelana. Mas estava pagando pra ver.

- Eu acho que sou louco. - disse o samurai não com ironia, mas com certa simpatia.

- Não vai ficar para o jantar ? você parece fraco. -

- Gostaria, mas acho que o tempo corre contra mim, partirei imediatamente. Diga ao garoto para ter cuidado, e diga ao Dexter que se quer me agrdecer pelo seu amigo, deve cuidar daquele garoto com sua vida. -

Dito isso, o samurai falou com o arqueiro de cabelos longos, Jones, que lhe cedeu um cavalo.

Partiu sem olhar para trás. "Aztah hail!" bradaram Phil e Jones, e ele ergueu uma das mãos em resposta. Enquanto mergulhava direto para a armadilha, pensava no sonho, naqueles olhos verdes que sofriam, e no nome que o homem ferido repetia, agora ele conseguira lembrar:

"Kin Sarrah, Kin Sarrah, Kin Sarrah..."


Próximo capítulo: A Verdadeira Armadilha

Thursday, July 03, 2008

De relance, Amaro olhou pro lado.

De relance Amaro olhou pro lado,

Como quem não quer nada,

E acha, deus, um tesouro ou o próprio diabo,

Ela parada ali se chamava Clara,

E com o olhar penetrante do homem,

Afrouxou o coração e sentiu a alma desarmada,

Amaro se aproximou e sorriu,

E com os olhos apaixonados pouca coisa viu.

Veria que ela retribuía o seu olhar,

Mas de difícil, charmosa, tentava posar.

Ele sem medo sussurrou e deixou levar,

O som doce de sua boca a convidava a aceitar,

Um drink, um anel, um casamento,

Uma vida, dois filhos e um homem para amar.

Os dois enlaçado tentavam se compreender,

Eram fogo, água, energia, poder.

Num turbilhão enevoado púrpura e degradê,

Num charme pomposo difícil de entender.

Mas Clara descobriu algo que a ofendeu,

O corpo de amaro não era bem seu,

Pois a boca não era sua, era divida,

Era também de um cigarro,

Do qual ele padecia.

E seu pé não era seu,

Pertencia ao gramado,

Que mulher que gostaria,

Ser trocada pelo Romário?

Mas ele era rápido, e também era honesto,

Tratou de remediar com o melhor remédio,

Aquele que sai da boca, que são as palavras,

Abriu a sua boca e poetizou sem medo e sem travas.

Disse “Clara, querida, não precisa se injuriar!”

“Você fala com um humano e não com uma estátua”,

“Sou forte e sou bonito, mas também sei mudar”

“Se não soubesse não tentaria, pela primeira vez”

“Em um bar, uma linda mulher ganhar”

“Ganhar com respeito e consideração”

“Como fez em 94, minha amada Seleção!”

Clara então sorriu e tudo ficou nos eixos,

Se bem que no amor quem tem certeza quebra o queixo.

O papo seguiu por horas, até o bar fechar,

Se dependesse dos dois,

Alí pra sempre iriam ficar,

Pelo menos no começo,

Antes de Amaro saber.

Toda mulher tem defeitos,

E que Clara não sabia perder.

Era tempo o suficiente para a paixão começar,

Suficiente para Clara,

Com Amaro não se irritar,

Pois ele intenso e sabe conquistar,

Mas se falar mal da Seleção,

É capaz até de alguém se machucar.

Se despediram os dois, pois tinham outros compromissos,

Fizeram juras de amor, trocaram telefones e sorrisos,

Amaro beijou seu rosto, querendo beijar mais,

Clara se segurou, para não cair nos braços do rapaz.

Ao sair do bar, um último olhar eles se deram

Foram cada um para um lado,

Assim como vieram.

Na primeira lixeira que Amaro encontrou,

Pegou seus cigarros, e sem dúvida, os lançou.

Do outro lado, Clara, parava em uma banca,

Comprava uma revista, e não era uma qualquer,

A revista era do Rei, rei do futebol, Rei Pelé.

Ao tempo que ela atravessa a rua saltitante,

Ele em outra era parado por um meliante.

Clara sequer ouviu o estampido,

Pensava que era a emoção,

Mas era o seu coração partido,

Que sangrava como sua paixão,

Em outra rua qualquer,

Estendido no chão.

Morto por um meliante por se recusar a entregar,

A carteira, com o bilhete, um número de celular.

Para Clara aquele dia era bom até pra repetir.

Para Amaro era um dia do qual jamais ia sair.

Ela, pensou, “Ah, Deus! Que felicidade!”

Ele, respondeu, “Ah! Deus, que maldade!”