Saturday, August 30, 2008







Tosco-Águia

Kojiro heróis parte.. é poisé, não lembro ^^

A luz que saia de um ponto da janela protegida com uma cortina azul, ia direto na cara do garoto. Ele acordou com o cabelo bagunçado e os lençóis em desordem caiam do colchão em alguns pontos, seus olhos inchados observaram o quarto bagunçado, virou de lado tentando em vão voltar ao sono, mas acabara por perceber que já não adiantava procurar por ele. Coçou ah bunda, soltou um peido e levantou se espreguiçando, era um garoto comum, dezesseis anos, as primeiras espinhas se mostrando no rosto, corpo meio franzino mais não magrelo, branquelo, porém cabelos e olhos pretos, um adolescente comum. A fome veio em seu estômago em forma de gemido.
- ô fome da porra..
Foi ah cozinha, abriu ah geladeira, só comida de verdade.
-Terei que apelar pro consumidor.
Voltou para o quarto, viu a carteira do lado do pc que estava ligado com a tela desligada, provavelmente baixando alguma pornografia. Um adolescente comum.
Abriu a carteira preta da nike, falsificada com certeza, e viu lá cinco reais.
-Arrá, sobrou do troco de ontem.
À tarde o jovem garoto ficava sozinho em casa, teve que trancar a porta da frente, foi caminhando pela passarela de cimento indo para o portão da frente. Ao lado esquerdos três pequenos coqueiros já com seus cocos amarelados de maduro, ao lado direito uma passarela maior onde o carro deveria sair, e mais a frente uma grama amarelada, a mesma grama abaixo dos coqueiros.
Abriu o portão de alumínio com sua chave e já do lado de fora observava a movimentação da rua. Ele não gostava muito da sua rua, mais a frente havia muitas regionais assanhadas que tiravam graça para com sua inestimável beleza (Ihiiahiahahiha..). Mais em um momento ou outro aparecia como diria em um quando diferente; pokemóns raros, com suas luxuriosas bundas rebolantes que ele apreciava bastante, e quem sabe até flertaria se tivesse sorte. Mais naquele dia não ia flertar com ninguém, o garoto apesar das aparências não era de fato normal. Dês de que nascera encontrara algo em sua pessoa que distinguia das demais, seu ouvidos funcionavam como um captador de som como nenhum outro, e sua voz conseguia criptografar aquele som em outro idêntico. Sua especialidade era animais.
Quando completava a metade de seu percurso ouviu um som que não mais sairia de sua cabeça.
-IIIIIIIIIIIIHHHHHHHHHHH. O som entrava em seus ouvidos como uma faca penetrando na carne.
-Mais que porra?!
Olhou pra cima e viu uma águia, era uma enorme ave com certeza, seus olhos vidrados não conseguiram sair da sena.
Dois pequenos pássaros brigando com ah enorme e audaciosa águia. Ela mergulhava e voltava pra cima lutando por sua vida. Foi pra frente e surpreendendo o primeiro pássaro girou pra cima e o bico acertou em cheio a ave pequena, ela não pode fazer nada, seu bico já havia acertado várias vezes ah águia, mais só com um golpe ela cairá. Como uma pedra sendo largado de um prédio, ela caiu com um baque no matagal logo ah frente em um terreno baldio. Conseguia vê-la perfeitamente, um ser incrível e feroz, teve a nítida impressão que a águia avia rido.
A segunda pequena ave começava a lutar pela sua própria vida, tentou ser mais rápida e voar para longe, mais a águia foi mais rápida, logo o seu bico amassava o crânio do mediano ser voador, observou melhor e percebeu que elas não eram tão pequenas, a águia que era imensa. Após isso a ave provavelmente foi atrás do seu prêmio, alguns filhotes suculentos ele pensou. Essa cena cravou na sua mente. Quase não percebeu um carro que vinha em sua direção, o homem no volante logo o advertira.
-Seu bosta, olha pra frente porra! Quer morrer é?
Após uma tarde divertida no consumidor ele voltava para sua casa, o céu negro sem estrelas já mostrava que logo haveria uma tempestade, e quase como resposta a esse pensamento uma luz invade a escuridão rasgando-a de um vulto.
-Melhor me apressar.
Teve sorte, logo após pegar alguns míseros pingos chegava a casa, e quase imediatamente uma tempestade rompia do negro do céu. O pensamento do grito da ave ainda o perturbava.
Não ligou a TV, não olhou o computador pra vê quem tava on, apenas se deitou na cama desarrumada.
Ficou lá com uma das pernas dentro da cama e outra do lado de fora apoiada no chão, seu braço direito em cima da testa. Ele olhava a mão esquerda e seus pensamentos começavam a fluir, e se perguntava como conseguiu observar aquela luta de pássaros com tantos detalhes... Parecia que eles estavam à só alguns metros. Olhando ainda para a mão esquerda, começava a olhar os poros de sua mão e sua visão foi além. De repente conseguia observar detalhes profundos dos poros e finalmente estava nas células.
-Mais o que..
Levantou suas costas da cama e ficou ali sentado, como aquilo o aconteceu não sabia, só sabia que não conseguia fazer aquilo novamente naquele momento.
-Mais que diacho... O que esta acontecendo comigo? Será que são meus hormônios? Estou tendo alucinações?
Um barulho de batida em vidro o interrompeu em seu devaneio por explicações. O assustou, e com olhos arregalados de medo e já não mais branco e sim quase transparente, percebeu que o barulho vinha da janela que estava atrás dele.
-Estou louco- conformava-se, mas não, ele não avia enlouquecido. Com um ímpeto abriu a cortina com as duas mãos, uma em cada parte da mesma. E com uma surpresa ainda maior viu algo que o confirmou de seu pensamento.
-eu... Eu, realmente enlouqueci!
A grande águia estava lá, na sua frente, atrás de sua janela. Suas pernas não mais o obedeciam, aquele animal incrível que permaneceu em sua mente o tempo todo estava lá. Com um olhar frio e assassino, porém sensato deu duas outras pontadas com seu bico na janela fechada, com uma delicadeza quase ou inteiramente humana.
-meu deus.
Aproximou-se com calma, apesar do estarrecimento sabia o que tinha que fazer, não sabia o porquê exatamente, mais sabia que tinha que abrir aquela janela e entregar-se aquela loucura.
Destravou a janela de correr e a escancarou. A enorme ave molhada entrou em seu quarto com um incrível cuidado. Ela era realmente enorme, sua cabeça chegava a sua cintura, suas asas abertas chegavam a dois metros ele calculou.
O garoto ficou durante um tempo simplesmente encarando aquele ser.
-Bem acho que vai ter que ser eu a quebrar esse gelo né.
A ave disse. Sim a ave disse.
-mais que porra, você fala!? Eu enlouqueci mesmo, droga como pode? Minha mente acha que eu ouvi uma ave gigante falando e que supostamente esta na minha frente. É melhor eu me deitar e dormir.
-creio que não temos tempo pra isso. Acho melhor explicar-lhe algumas coisas. Bem primeiro meu nome é Loumort. E você é o escolhido. Eu estou falando na sua língua porque sou um pássaro sagrado e estou também aqui para servi-lo como a tradição manda, também serei seu professor.
-professor? Professor de que?
- você é o ultimo do clã dos ávianos, seus pais são de fato seus pais. E Por destino talvez, os dois têm descendência aviana extinta a milhões de anos atrás, e por brincadeira do destino ou dos genes você nasceu aviano, percebi da primeira vez que o vi. O meu sonho me mandou pra cá, e como milagre encontrei você. É tão incrível ver um ser como você, quanto você ver um ser como eu, e agora eu tenho certeza.
-e como tem certeza?
-na metade de minha fala substitui sua lingua pela minha. Você entendeu, sendo assim você é capaz de entender a língua das aves. Você é um aviano. Venha comigo, meus instintos dizem que o temporal vai passar rapidamente.
E como uma profecia, a chuva cessara. Os dois no quintal iluminados apenas com a luz da lua se encaravam. –sente-se. – a ave disse. E como um filho obediente o garoto sentou, pernas cruzadas, parecia um Buda. A ave foi para sua frente, abriu o incrível bico...
Uma crosta cinza de gases despendia da garganta da ave.
-meu deus que fedor de carniça!
Mais logo se calou, seus olhos tão negros como a noite começavam a se iluminar, suas pupilas dilatavam cada vez mais, logo seus olhos ficaram amarelados com apenas um ponto preto no centro. A ave afastou-se e disse; –a verdadeira dor começará agora. – e quase como resposta ao comentário um grito tirava o silêncio da noite.
-ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh..
O grito de agonia desprendia de suas cordas vocais, em suas costas um volume ia aparecendo, filetes de sangue saiam do cume do volume, como um vulcão prestes ah entrar em erupção. O garoto tremia-se de dor, e como o mesmo vulcão dois grandes esguichos de sangue explodiram de suas costas, e junto dele uma grande quantidade de penas deformadas, molhadas, era feio... Metade carne metade pena com um corpo todo vermelho de sangue e com os olhos amarelos a brilhar na noite parecia um capiroto. Suas mãos agora crescidas e deformadas, suas unhas pareciam mais fortes de que qualquer fase de sua vida, não eram os hormônios lamentara afinal, eram garras de água. Seus cabelos haviam ficado brancos e quebradiços e ele estava fraco, como se tivesse parido o maior coco de sua vida. Não conseguia nem se mexer direito.
- está feito, a ave ditava o veredicto. Bem não se preocupe com meus ensinamentos você logo se tornará um grande aviano.
Um ano avia se passado desde então. Estava a tomar sorvete no bod´s cujo qual o dono era um antigo amigo de um cara chamado Rufos. Avia terminado seu sorvete de dois e cinqüenta quando um sujeito com uma folha e uma cara de humilde e de pele escura chegou-o oferecendo uma folha cheia de mãos que formavam palavras. Ele não havia entendido direito o que era, raciocinou um pouco e percebeu que era uma forma do cara, surdo, pedir dinheiro. Tateou o bolso e não havia encontrado uma moeda se quer, fez sinal para o cara de que tava sem grana. O até então ser tranqüilo fez uma cara de repulsa, foi recuando olhando nos olhos do garoto, e neste ato fez um gesto com o dedo, após isso com o dedão esticado fez um sinal de degola em seu próprio pescoço e depois apontou para o ele. O garoto ficou indiferente aquilo.
Após sair do Bod´s quando ia a caminho do palco percebeu algo bizarro. Não havia ninguém por perto. Mas seu sentido de águia o informou que estava sendo observado, e com uma explosão astral esfumaçada logo a sua frente, lá estava ele, O mudo... Com os braços cruzados e com um olhar maliguino.
E com uma mão estendida a frente em forma de pirâmide, com o mindinho, polegar e o indicador destacando-se da mão, o garoto em sua pose disse;
- ôÔôÔ.. maliguinooo...
O Mudo com um olhar penetrante gemeu. – Auiuãniu.
Nas laterais do palco apareciam seres de roupas negras e maquiagem pesada, como num rio que tinha seu percurso desviado vinham os seres bizarros. O palco fazia o papel de desviador mais as duas fileiras se juntavam logo a sua frente com o mesmo objetivo, pegar o jovem.
-nãããOOoooo EMOS nããããoooo..
Os emos da pracinha não estavam nem aí para sua suplica. Vinham sedentos de maquiagem e lágrimas, gritavam coisas insanas como nx zero, fresno entre outras bostas, aquilo era demais, sabia que já não ia agüentar muito tempo.. mais seus poderes fluíram suas asas saíram de suas costas rasgando sua blusa, e com um grito que rasgara a noite gritara..
-IIHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHhhhh...
E foi pra galera, morreria talvez, mais morreria lutando e não chorando.
Sua força era incrível, destruía a cada patada com suas garras dois ou três emos, mais eram muitos, estava cansado, conformando-se já entregava-se as lágrimas dos emos. Os dois emos que estavam logo a sua frente já iam encostar suas mãos sedosas no garoto águia quando repentinamente pararam. Salpicos de sangue caiam no chão, o garoto de joelhos olhou pra cima, lá estavam os dois emos, e ambos com duas estacas negras despontando de seus tórax, e como se pudessem voar os dois foram jogados pra traz. Um garoto com cabelos levantados cuja qual sairá as estacas que logo percebeu era parte do cabelo do cara, mãos no bolso e com a estampa de uma granada na camisa, ele disse:
-precisando de ajuda aê?
-se puder.. sozinho não vai dar conta de todos, quanto mais eu destruo mais aparecem.
-quem disse que eu estou sozinho?
O garoto olha pra traz e vê um rapaz barbado bem rústico com um machado enorme apoiado descontraidamente nos ombros. – é, hoje o dia vai ser interessante- um outro altamente brilhante vinha na esquerda – ralaxa que tem bombacha- e o outro a direita quase não o tinha percebido, a fumaça impertinente ardia nos olhos, um garoto baixo com olhos vermelhos e com fumaça saindo de todas as suas extremidades disse. – vâmo logo que eu quero tomar um réfri depois.- Uma onda veio e arrebatou quase um quarto dos emos que haviam lá não atingindo nem um dos outros presentes, o garoto águia impressionado como uma onda tão gigantesca pudesse ter voado em cima de sua cabeça e ter sido tão bem direcionada. A onda se dissipou e lá restando um ser sem camisa e com uma sunga.- cês vão ficar ai ou vão acabar logo com esses viadinhos. O minino da camisa com uma granada perguntou o seu nome.
-meu nome é Mohamed Abdo Mustafar El Halick. Mas pode me chamar de menino águia.
-Bem vindo à liga Kojiro pain. Todos se levantaram alinhados, e com uma lua gigante(que parecia aprovar a situação) projetada nas costas dos garotos eles gritaram..
MATARRRR.. e foram pro pal.
Fim ou continua?
.......................
O final eu deixo na cabeça de vocês, e pro futuro. Será que esses jovens destruíram os inimigos e continuaram amigos e viveram felizes para sempre? Ou quem sabe morreram na batalha como amigos? Ou quem sabe derrotaram os inimigos e após isso se desintegraram por causa de picuinhas e besteiras mal resolvidas? Mais o importante é que eles ainda estão juntos e lutando contra a maioria. Porque eu não sei o que seria de mim sem meus amigos, talvez eu tivesse me tornado um Robertinho ou um nerd revoltado com a sociedade. Não sei, só sei que eu encontrei amigos que pelo menos eu consigo ser mais eu, e sem me preocupar com futilidades tão cotidianas (como ser o pop do ano). Eu gosto de anime, gosto de pensar, gosto de mulheres gostosas e me preocupo com o meu futuro, meio Robertinho meio nerd ou nem um dos dois, talvez eu apenas seja eu. Jovens menos do que pensamos ser talvez, mais o que é da vida sem sonhos e por sermos jovens o que tem de mais em pensar grande. Eu não quero ser só mais um, eu quero ser um super “herói” fazendo o meu melhor e aqui eu encontro outros assim. Nem um de nós pensa em ser só mais um. Somos todos super heróis na medida do possível. Somos a kojiro pain da sociedade.
/,,/ uuuuuuooouuuu.. ahiahiahiahhahai..

Friday, August 29, 2008

Pensamentos Aleatórios

Well, well, well.

Como não aguento mais ver essa Hamburguerbunda toda vez que abro o kojiro, decidi postar, pra falar coisas aleatórias e pra citar alguns fatos relevantes (se bem que tudo é relativo), sobre a vida, o ecossistema roraimense e dinheiro.
Bem, como todos devem saber, ontem foi o aniversário do Ruan, mas apenas domingo será a celebração, do jeito que tem que ser , com bola no pé e cervejinha na mão (ok, só bola no pé).
Mas, quando lembro em Ruan, lembro do show do Scorpion em AM, e lembro novamente um outra coisa: Money, que eh good e eu não have nem um pouco. Paciência o fato de ter recebido meu salário ontem e já estava no negativo pra enfrentar o mês todo, culpa de minhas compras passadas de presentes caros. Agora preciso de muita força, e poucos convites para resgatar esse dinheiro, ou seja, cancelar a viajem pra manaus (ainda não foi decidido) e não sair pra nenhum lugar durante todo esse mês - e o próximo tb. Medidas drásticas para situações extremas.
Outro tema pertinente é mais uma vez o desaparecimento dos indivíduos do blog. Passam se anos e mais anos e continua sendo uma dificuldade as pessoas postarem sobre qualquer coisa. Parece que precisa ter uma morte ou uma "super idéia high-fi" para se postar. Paciência.
Bem, minha chefe chegou aqui, o que ia ser longo ficará curto mesmo.

Um abraço.

Thursday, August 14, 2008

Natália's Lanche

Esse ai é pra quem come nos Dere's da vida, Natalya's Lanche e afins. Eu sempre falei que era uma bosta. Mas não! Se amarram naqueles sanduíches horríveis. Ta ai o amassado que o Luiz adora.

Chácra Governation




Nesse final de semana vai rolar o Chácra Governation.
Um super dia na Chácara Hell Fire Kyuubi.
O convite esta aqui e esta feito. Façam suas ligações, vagas limitadas nos carros dos amigos.
Contribuição para gasolina não é obrigatória, caso você vá de bike.

La ocorrerá as competições:

- Run in the Lavrado;
- Frisbie Destruction;
- Triatlon Maldito;
- Volêi Sem Bola;

e o super:

- Jump Swing

Apresentações Especiais:

- Paulo "OmbroBroken" Pass;
- Ricardo "Vento de Proa" Gustavinho;
- Felipe "UntiFeeling" Vegato;

e o super:

- Dellano "NãoFoiPqTinhaQueTreinar" Pinto;


Só é permitido levar mulheres mediante comprovação de compra de camisinha, falar com o Chapéu.

Abraço.

Wednesday, August 06, 2008

O Nome da Lâmina - cap. 15


O Nome da Lâmina
Capítulo 15 - Um Nome





O acampamento em meio à grande estrada principal era como uma imensa fogueira, tornando clara a noite ao largo de um grande perímetro ao seu redor. Flashes vermelhos surgiam em meio à imensa fogueira, seguidos de poderosas explosões que faziam tremer toda a região, e aqui e ali,
rugidos e grasnados de medo e protesto eram ouvidos da floresta. Mergulhado em meio à esse caos, estava um homem que arfava e suava muito por baixo de seu kimono negro, tinha os braços cruzados em X diante do corpo - sua guarda de combate habitual - e na mão direita segurava uma enorme katana, cuja lâmina reluzia ao brilho das chamas em volta.

Parecia insignificante, diante da enorme fera negra que o encarava em meio à fumaça, guardando o corpo de outro homem, pendurado a dois metros de altura.

Impossível! pensou Lobo contemplando de relance as crateras recém formadas que o circundavam. Toda vez que tentei me aproximar quase fui
reduzido à destroços!.Uma risada poderosa se fez ouvir, novamente o samurai sentiu o hálito podre do mostro.

- É isso? essa é a força do escolhido de Suzeram? Aquele que chamam Lobo? - A voz da fera era calma, ele parecia francamente desapontado.

A raiva cresceu no peito do samurai...

- Seu pai o tem em grande estima, disse que você não deveria ser subestimado, e no entanto... -

... e se somou ao espanto.

- Meu pai !? o que uma besta demoníaca como você poderia saber sobre meu pai ? - Sua expressão era exaltada.

Outra risada da fera, que irritou ainda mais o samurai.

- Olhe a sua volta guerreiro! Toda a destruição que vê é o legado de seu pai, o mais poderoso dos quatro acordadores e grande comandante da Horda, Alamir Stronghold! -

A notícia atingiu Lobo como uma das grandes bolas de fogo o faria.

Era mentira!

Mentira suja para tentar enganá-lo, confundi-lo...

- Mentira! Desgraçado! vai pagar em sangue! - As palavras da fera esquentaram o sangue do samurai como o incêndio nunca poderia ter feito. Lobo estava furioso.

- Não há sentido para fúria, guerreiro. Digo a verdade, seu pai percebeu de que lado desta guerra deve ficar, e manda uma proposta para você. Ele lhe oferece o lugar de Escorpião, para juntar-se a nós como um acordador, ele terá prazer em conversar com você pessoalmente se aceitar. Escorpião era fraco e inútil, mas você tem algum potencial. Juntos poderemos dar a este mundo o que ele realmente merece! - As palavras escorriam da boca da fera como veneno.

O samurai era uma sombra imersa em pensamentos e conflitos internos.

- E então, qual sua resposta? -

Um instante de silêncio tenso, onde o único barulho era o crepitar das chamas à toda volta. Então, um sorriso soturno surgiu no rosto do samurai, e ele agora não parecia insignificante, parecia tão assustador quanto a besta demoníaca que encarava.

- Minha resposta? ... - Uma pausa - ... Vou pensar depois de cortar sua cabeça, sua voz me irrita! -

Surpresa no rosto da besta. O samurai irrompeu numa corrida furiosa em direção a ela.

- Que pena. - Ecoou a voz do mostro, que ergueu uma das gigantescas patas ameaçadoramente na direção do deplorável Algor. Carne perfurada. Um esguicho de sangue. Um grito de fera. A espada do samurai havia cruzado o ar e atravessava o braço da criatura, agora furiosa.

O samurai corria ainda à certa distância, quando um brilho vermelho surgiu na noite. Uma dor intensa se fez sentir no lado esquerdo do corpo de Lobo, de onde a bola de fogo passou à centímetros, explodindo longe. Ele estava a alguns metros agora. Um novo brilho vermelho irrompeu na noite, e desta vez a imensa chama rasgou o ar exatamente em sua direção.

Talvez um ráciocinio incrívelmente rápido, ou talvez instinto, o fato é que uma forte aura rôcha se deslocou pelos braços de Lobo, e se concentrou nas palmas de suas mãos, que ele colocou diante do corpo. o Kal se chocou com o fogo que se dissipou ao redor do samurai, queimando-o intensamente.

Seu corpo todo doía e ardia de forma aguda, seus próprios olhos pareciam em chamas, mas o ataque não conseguiu desviar o guerreiro de sua rota, e ele agora estava diante do mostro, perto demais para que ele pensasse em disparar outra bola de fogo. Simultaneamente, Lobo pulou em direção à Inferno, e a pata sadia da criatura irrompeu em uma investida. No ar, o samurai arrancou sua espada fincada no braço da criatura e girou com precisão cirúrgica, a lâmina descreveu um arco tão rapidamente que só o que se viu foi um borrão brilhante, uma fração praticamente inexistente de tempo depois, o samurai foi atingido em cheio no peito pela pata da criatura.

Lobo foi arremessado longe e rolou vários metros no chão, parando por fim desmontado e estático. Seu golpe atingira o pescoço da criatura, o sangue esguichava como um chafariz, ao passo em que ela tentava inutilmente gritar, produzindo um som gutural. Para o samurai, caído e esgotado, era como música.

Um alto estrondo ecoou, Inferno havia tombado afinal. Tudo estava negro, Lobo não acreditava ter forças para abrir os olhos, tudo o que ouvia era sua própria respiração, e o crepitar das chamas longe... muito longe. Sentia o próprio sangue quente lhe escorrendo pelo tórax, fora uma
patada poderosa, de fato...

Ele não se lembrava de nenhum outro momento de sua sobrevida onde houvesse se sentido mais solitário, fraco e destruído.

Não saberia dizer quanto tempo ficou ali deitado agonizando, até ouvir passos metálicos se aproximando, lentamente. Lobo reuniu forças para abrir os olhos, e contemplou o homem de armadura dourada que se aproximava a passos fracos, seus longos cabelos e a capa vermelha trevulando ao sabor do vento que atiçava as chamas à toda volta. Algor caminhava em sua direção, e quando chegou perto o bastante para reconhecê-lo, parou subitamente.

- Kahn ?! - Indagou a outrora voz poderosa de Algor, agora fraca.

Kahn. Para o terror de Lobo foi assim que ele o chamara. Pelo nome do homem que traira os Ogin e os levara à seu fim.




O próximo capítulo ainda não foi entitulado. ( Nem Escrito)