Friday, January 15, 2010

talk too much

Como todos bem sabem, estou em Natal. Já se passaram 4 dias. E nesses poucos dias muita coisa já aconteceu, nada relevante ao pontos de ser contado, a maioria relativas ao meu trabalho. Mas entre vários coisas que venho pensando uma delas decidi compartilhar com vocês. Percebi ontem conversando com a Maíra como é estranho estar só. Não completamente alone in the dark, afinal estou na casa do meu amigo e aqui tem um bocado de gente que fala comigo normalmente, mas mesmo assim não consigo conversar. Isso mesmo, conversar. Pelo menos não do jeito que eu quero. Não tenho ninguem pra falar de filmes, pra rir da cara de alguem, pra falar sobre a filosofia barata das ações mundanas, entre outras coisas. E nunca tinha me dado conta o quão chato é ficar dias só com conversas polídas, cheios de "como está?", "ta gostando?", "que bom!". Passo dia todo assim, até mesmo na agência e no final do dia sinto como se estivesse passado o dia todo com os lábios colados um no outro. Parece que não falei, e talvez não tenha falado mesmo, tenha só ligado o modo "Lie Talk" ou "Fake Dialog". Dá vontade de falar um palavrão, mas não pode, dá vontade de dizer "ei vocês estão vendo bbb? cre-ti-no vocês são!", ser sarcastico, ser irônico, ser piadista. Mas simplesmente não. Já até tentei falar de um modo mais "fred" com algumas pessoas, mas pela diferença de personalidade, ou apenas pela falta de convivência, a conversa ficava pesada e quando eu tentava ser sarcástico a pessoa mal entendia, ei eu apertava o botão e desistia.
Acho que isso era umas das coisas que mais me incomodava quando morava em fortaleza, mesmo sem saber. Essa necessidade de se abrir, de se mostrar, de rir, de não temer falar besteira ou parecer bobo. Ou seja, ter amigos mesmo, ou namorada. É como dizia o poeta: "Viver só é viver no meio da multidão. Pois ninguem ouve ninguem, no meio do turbilhão." - Fred

Um abraço.