Sunday, February 06, 2011

O inacabado

estive revirando minhas anotações esses dias, e achei esse capítulo de "o nome da lâmina". eu escrevi tem pelo menos uns dois anos, e ninguém nunca leu. era pra ser parte de uma história onde o passado de Lobo (que é o principal) é revelado, bem como o porquê dele ser um samurai morto-vivo e o mundo estar cheio de zumbis. acabei só escrevendo esse capítulo e o início do proximo. enjoy it.

A Historia de Lobo - Parte 1

Os sons da batalha enchiam o ar a toda volta, gritos e ecos metalicos ressoam por todo o vale enquanto a pequena vila coberta pela neve do inverno era tragada pelo combate. Enquanto, em uma rua qualquer, um rapaz trajando um kimono vermelho era cercado por quatro homens. Usavam roupas pretas e mascaras de porcelana branca pintadas em vermelho, que lembravam gatos demoníacos com presas sempre à mostra. Os quatro empunhavam espadas, e rondavam o rapaz desarmado ao centro, hesitantes.
O rapaz era magro e baixo, tinha cabelos negros espetados e fundas olherias, que davam ao seu rosto um aspecto mórbido.

- O que temos aqui? - falou uma voz esganiçada por baixo de uma das mascaras.

- Parece que pegamos um pequeno Ogin - Respondeu a voz grave do maior dos quatro.

- Ele deixou cair isso enquanto corria - Disse um terceiro, erquendo uma bolsa de couro. O Caveira Negra de voz esganiçada estendeu a mão, e aparou a bolsa, de tamanho razoavel, que seu companheiro jogou.

Não houve protesto do garoto à isso, ele permanecia imóvel, sem reação.

- Vamos ver o que nosso pequeno Ogin carregava consigo, talvez uma lembrança da mamãe? - O esganiçado novamente, num tom de deboche que arrancou risadas maldosas de seus tres companheiros.

Ele desatava o nó na abertura da bolsa, quando ela escorregou entre seus dedos e caiu no chão, um baque suave contra a neve que o cobria, cuspindo parte de seu conteudo. Ele se retesou ao ver o que a bolsa continha e ficou imóvel. Mascaras de gatos-dêmonio, algumas salpicadas com o sangue de seus antigos proprietarios, sorriram para a manhã nublada.
O garoto sorriu, e por um pequeno instante o tempo pareceu parar, enquanto os Caveiras Negras eram atingidos pela verdade: Eles eram os encurralados. Depois, tudo aconteceu depressa.
O Ogin se virou, e sua mão fez um rapido movimento de arremesso para o Caveira as suas costas. O garoto correu para a lateral da rua e atirou-se janela adentro para uma casa, enquanto o bandido acertado caía, levando as mãos à pequena lâmina negra enterrada em seu pescoço.
Nenhum gato-dêmonio tentou socorrer o companheiro, ao invés disso, correram para a pequena casa de madeira onde o garoto entrara. Um deles pulou pela janela.

-Eu vou arrancar suas trip... - Sua voz esganiçada interrompida em pleno salto, pelo som da sua mascara partindo. Ele desmontou contra o piso de madeira, com um baque alto. Uma lâmina cravada bem entre seus olhos.

Ao mesmo tempo, a porta foi derrubada por um firme chute, revelando os outros dois homens de preto. O Ogin recolheu a espada do esganiçado morto a seus pés e um dos gatos-demônio correu para ele em uma investida. O som de metal contra metal ecoou alto quando o garoto defendeu-se do golpe que arrancaria sua cabeça. Ele preparou-se para contra atacar, mas recebeu um poderoso chute no estômago, antes que tivesse tempo de reagir. Todo o ar o deixou enquanto ele foi arremessado pela sala e bateu forte contra a parede, caindo sentado, com as pernas estendidas.
O gato-demônio aproximou-se, seus passos ecoando na madeira. Posicionou-se diante do Ogin e ergueu a espada no ar, segura pelas duas mãos, pronto para executá-lo. Houve um som de perfuração, e sangue quente voou no rosto do rapaz de vermelho. A ponta de uma lâmina emergira do plexo do Caveira Negra, que ainda segurava a espada acima da cabeça. Ela foi retirada com um chiado baixo e o bandido tombou para o lado, revelando o salvador do Ogin.
Um rapaz de cabelos negros que iam até o queixo encarava o outro com seus olhos muito brancos, lupinos. Usava um kimono vermelho aberto.

- Luna me encontrou - Começou ele - Ela disse que você chamou a atenção dos quatro pra salvá-la, e então eu... -

- Você o quê ? - Interrompeu-o o outro garoto, levantando-se. - Veio ajudar o garotinho indefeso? bancar o heroi pra impressionar a Luna? Eu sei me cuidar. -

- Então esse é o seu problema comigo. Luna. - Respondeu , sem se alterar.

- Não - começou o outro - O problema é você! sempre bacando o herói, queridinho de Alamir! - O rapaz de olheiras fundas agora caminhava na direção do seu salvador.

- Se eu não tivesse "bancado o heroi" agora Law, você não teria mais cabeça. - Disse, sem recuar.

Isso pareceu atingir Law ainda mais, e ele se precipitou para a frente, para atacar o outro. Mas parou de repente, interrompido pela aparição de uma terceira pessoa.

- Luna! - Disse ele surpreso.

Parada junto à porta, ofegante, estava uma garota de curtos cabelos castanhos e olhos muito azuis. Seu rosto inspirava inocencia, contrastando com o Kimono vermelho rasgado nos ombros e com a espada embainhada às suas costas.

- Law, Kan! - Começou ela, parecia com muita pressa.

- Tem algo acontecendo em um grande terreno baldio nos limites da cidade... - Tomou folego

- ... Tem muitos deles lá! Alamir, Janus e mais alguns poucos estão lutando, me mandaram buscar ajuda... -

Ela parou de repente e levou as mãos ao rosto - ... E os corpos... Tantos corpos... é ... é horrivel! - Ela estava chorando.

Kan e Law se olharam por um instante, como se estivessem marcando a discussão pra depois. Então Kan fez um movimento rapido com a espada, o sangue que machava a lâmina passou a decorar a parede, e a embainhou.

- Então vamos, precisamos ajudá-los - Disse ele, andando em direção à porta.

- Você não ouviu oque ela disse? - Começou Law - São muitos! precisamos de mais gente... -

- Eu ouvi bem, são muitos e não há tempo! -

Law resmungou alguma coisa onde só se distinguiu a palavra "herói", mas seguiu o companheiro. Eles seguiram Luna, e assim, os três Ogin correram em direção a um mal ainda desconhecido.















talvez eu termine essa história um dia, talvez (provavelmente) não. mas é divertido ler uma coisa que você mesmo escreveu, tanto tempo atrás.

4 comments:

andré said...

porra, tem que terminar meu filho.. pode cancelar ah série assim não. Gostei, os caras de mascara vieram na minha cabeça como ANBUS.
iahaiuahaiuaih

Fred Martins said...

Eu diria pra você não se dedicar a essa história, afinal você será um médico, mas não o farei, afinal vejo potencial no que você escreve. Por isso, mesmo não acreditando muito na sua força de vontade, eu gostaria muito de queimar minha lingua e um dia ver publicado essa história, ou qualquer outra sua. Abraço.

corporaçãoMK said...
This comment has been removed by the author.
Gustavo Coimbra said...

who the fuck are psychokiller? Freddiew?

É sempre legal acompanhar as histórias do lobo. (;