Thursday, December 20, 2007


As Castas Indies



Plebe: O indie da classe inferior ainda se confunde com as emices. Ele já paga pau pros arctic monkeys da vida, mas não aprendeu a desprezar os nxzeros; já cita O Pequeno Príncipe, mas não começou a citar O Príncipe de Maquiavel, e coisas assim. Nessa fase, as índias sonham morar em Paris, ou alucinam que já moram.

Intermediários: Os indies intermédios já repudiam o pop e só querem saber do hype, que é apenas o pop metido a besta. Se o hype vira pop, eles rejeitam porque “virou modinha”. Em orkut de indie desse naipe, você pode achar comentários debilóides como “sou tipo assim super irônica, sabe, é minha marca registrada”, e pagação de pau pra qualquer filme que não seja de Hollywood, ou que seja, mas tem que ser um drama “sério” feito por um comediante (Efeito Borboleta e Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças são os clássicos). Cita algum filósofo, provavelmente Nietzsche ou Schopenhauer, mesmo que ainda não saiba nem como pôr as vírgulas numa frase. É contra a Rede Globo, Avon e multinacionais, vegetariana, e tem no perfil coisas senso comum tipo Bob Esponja. Quando era emo, adorava a EMO TV (mas se queixava de não passar muitos clipes do Fresno) e reclamava, ou melhor, choramingava da sociedade (“O mundo não gosta de mim, buááááááá”). Já livres da emice, os ‘’new born indies’’ passam a dizer que odeiam a MTV e são blasé com a sociedade. Sonham morar em Londres.

Nobres: Você percebe que um indie atingiu a nobreza quando ele pára de sonhar com Paris e Londres e passa a querer ir pra Glasgow, ou lugares ainda mais, tipo, super cool, como Helsink. Diferem sutilmente dos indies comuns, por terem profiles lacônicos no Orkut, o que é tipo, super in. Sacumé, isso de preencher perfil é tão démodé... Pra se sentirem diferentes, originais e alternativos, chegam ao cúmulo requintado de cultuar coisas trash e cafonas, como velhas chanchadas, Wando e Sidney Magal, mas sem um pingo de autenticidade, só pra posar de, tipo assim, super irônicos. Arrumam hábitos e hobbies “originais e diferentes” como ver filmes de terror italianos antigos ou acompanhar a vida da Paris Hilton por acharem-na uma patricinha ridícula mas honesta em seu modo de vida (haja visto a música que o Cansei de Ser Sexy, maior ícone indie brasileiro, fez pra ela.). Possivelmente há um comentário blasé no seu profile. Em se tratando de cinema, passam dos filmes de kung fu (e olha que não era nem por otakice, era só pra ser “alternativo”) pra Kurosawa, dos draminhas emo à la MTV como Segundas Intenções pra Amelinha Pulaina. Referem-se a filósofos, poetas, Miles Davis, Cartola, Hitchcock, usam camiseta do New Order, se acham muito “niilistas” e criam comunidades no Orkut do tipo “Laranja Mecânica rocks”, “Sou bipolar, e daí?” e “Já tentei o suicídio com faca de bolo Pullman”.
kkkkkkkkkkkkkkk
taii galera um texto falando sobre a nova modinha indie(ota).
pra gente ir logo se acostumando...

Saturday, December 08, 2007

Rapidinhas!

1 - Corrida do clube esportivo Raposa da Amazônia reúne mais de 110 pessoas;
2 - Festa das faculdades no iate acaba sendo como todas as outras festas;
3 - Felipe agarra caboca feia em festa;
4 - Lucas bebe de mais em festa e solta a franga;
5 - Dellano pode parar de nadar;
6 - Pode haver um RevePain 2007 em janeiro de 2008;
7 - Frederico sofre acidente de moto;
8 - Paulo não pega ninguém nem em Brasília
9 - Rei Leônidas pode ser o Dente-de-Sabre do filme que conta o inicio do Wolwerine;
10 - 2008 promete.

Equilíbrio.

Friday, December 07, 2007

A Favor Do Aquecimento Global

Hoje em dia não há quem não conheça as conseqüências geradas pelo aquecimento global, mas foi refletindo um pouco que pude sim, ver algumas vantagens nesta catástrofe.

Bem, antes de qualquer crítica quero me explicar e para isso vou falar um pouco da cidade onde moro... Boa Vista é o que posso chamar de uma cidade maravilhosa para se viver... Mas poderia ser melhor? Poderia, nos faltam tantos programas recreativos que me sinto um velho apodrecendo de feriado a feriado.

Voltando, uma das conseqüências da catástrofe seria o derretimento dos pólos, o que causaria o desaparecimento de varias cidades devido a elevação do nível do mar.

FANTÁSTICO! Foi então que imaginei o mar chegando até Roraima, criando praias até melhores que as Havaianas! Imaginem só, acordar um belo dia chegar na porta de casa e descobrir que você tem Copacabana no quintal! Poderíamos surfar de manhã, pegar um bronzeado de tarde e quem sabe ter um belo jantar com frutos do mar na noite.

Logo-logo todos estaríamos falando gírias cariocas, tipo:
-Iae meu broto...;
-Soohh!;
-Iiissáaa! e
-Mó Boizante aê...

Aquele professor do Cefet que só fala "carióques" nunca mais se sentiria anormal. Todo o resto do Brasil ia falar que roraimense fala estranho e que a maioria é índio favelado!

Mais pra frente ganharíamos um calçadão digno de Copacabana, CALÇADÃO DE COPAMALOCA, seria batizado.

Músicas seriam refeitas por cantores regionais.

"...Um bom lugar pra ver o mar COPAMALOCA..."

O melhor seria ver os turistas que mal conseguem dizer RIO e CARNAVAL dizerem RORAIMA e CAXIRI!

Não para por aí, os nossos sambas seriam os melhores e logo seriamos conhecidos como a cidade da MPB, substituiríamos nossos carros alegóricos horripilantes e nossos carnavais fueiros por algo ESPETÁCULAR! Não faltariam escolas de samba como:

- Beija-Flor-de-Rorainópolis;

- Imperatriz-Caracariênse e entre outras mais...

Enfim, teríamos dias melhores e até nos esqueceríamos dos problemas do aquecimento...

Ta esperando o que? Vai logo colocando o maio ou sunga e espera um pouco pra tomar um belo banho de sol na praia enquanto a garotada se diverte surfando.


Besterol.

Thursday, November 29, 2007

O Nome da Lâmina - Interludio II

Nota: Como todos sabem, fiquei muito tempo sem escrever, e consequentemente, sem postar. Tenho a mania feia de começar as coisas e não terminar, mas decidi que com essa historia não seria assim. Isso é um marco! Se Lobo chegar ao fim da sua jornada, é tambem o fim do meu mal hábito.

Então como vocês provavelmente não lembram de muita coisa, aqui vai um resumão:

A vila de um garoto é atacada por zumbis, e ele foge para a floresta enquanto as outras crianças são sequestradas pelo Homem de Porcelana. Na floresta ele encontra um misterioso samurai que acaba levando-o devolta pra vila. Lá o samurai, Lobo, derrota o "Acordador" Escorpião, mas é mortalmente ferido. Ele e o garoto passam a noite no orfanato, ao amanhecer, Lobo está milagrosamente curado. Eles partem em uma viajem, segundo Lobo: "para encontrar um velho amigo, e se você tiver sorte, para um local seguro."

Então temos um interlúdio, onde a cena se volta para outro personagem. Este capitulo é a segunda e ultima parte do interludio, então a primeira precisa ser relida.

Interludio I : http://kojiropain.blogspot.com/2007/07/o-nome-da-lmina-interludio-i.html


Interludio II - O Grande Horror

A multidão do lado de fora dos portões, entusiasmada, aplaudia e gritava vivas, comemoravam o fim da espera. Mas, oque era esse friozinho na nuca que Zaquerdon sentia? Tentou ignorar o estranho pressentimento, queria acreditar que era só impressão. Talvez a tensão o tivesse deixado paranóico... Não. Não podia ser ignorado, não era impressão. Por que a Terceira Compahia marchava tão lentamente e sem uma tocha sequer? por que não respondiam as saudações e gritos de viva? Não era possivel que só ele percebesse que a coisa não estava certa. Olhou os companheiros a volta e então viu, que pelo menos uma parte deles também havia notado: As bocas exibiam ainda um sorriso que tentava a todo custo se justificar, mas os olhos não o acompanhavam, não estavam confusos, apenas transtornados com oque viam.
Súbitamente, um vento frio varreu a estrada na direção do acampamento levantando uma cortina de poeira. Um cheiro forte invadiu as narinas de todos, chegava quase a arder, cheiro de podre, cheiro de morte. Foi então que toda saudação, comemoração ou esperança cessou. Restou o silencio por um instante que pareceu durar muito tempo, onde todos trocaram um olhar aflito. Quem quebrou o silencio foi Algor, o homem barbado de cabelos negros que vestia uma capa vermelha com a armadura, o capitão da Primeira Compahia.

- Arqueiros em posição, agora! - Estrondou sua voz na noite.

Lewis, o jovem capitão da Segunda Compahia, olhou para Algor em duvida. Estavam todos confusos mas, atirar na terceira?. Algor não esperou que ele falasse.

- Confie em mim, eles não são mais a Terceira -

Lewis assentiu com a cabeça.

- Vocês ouviram o homem! mexam-se! - E os arqueiros da Segunda também se posicionaram.
Jones se posicionou junto a outras duas centenas de arqueiros, armou o arco com movimentos fortes demais, estava tenso. No horizonte, a multidão negra camuflada pelas sombras parecia caminhar tranquilamente. Soldados passaram apressados derramando uma linha de óleo diante da fileira de arqueiros. No instante seguinte ela estava acesa.

- Acender! - Algor comandou.

Uma pequena bola de fogo ardia na ponta de cada flecha.

- Preparar! -

Jones puxou a flexa contra a linha, até que ela rangesse um pouco.

- Deixem voar! -

As centelhas riscaram a noite deixando rastros laranja que rumavam para a escuridão. Houve uma breve chuva de fogo no horizonte, então Zaquerdon pode ver: A multidão era maior doque ele imaginara, não havia como errar uma flecha porque não havia onde errar. Os da frente usavam armaduras, eram oque restara da Terceira. A visão o fez lembrar das profecias de lunaticos sobre o exercito do inferno marchar na terra dos homens, e nesse momento era facil acreditar.
Os arqueiros atiraram outra vez, e outra e outra... Os Horrores tombavam, e dois outros pareciam tomar seu lugar. Eles se aproximavam. Uma agitação repentina veio da multidão, e ouviu-se o som do galope de algum animal pesado. Uma sombra enorme se aproximava numa velocidade assombrosa, o som do galope ficando mais alto. Quando as flechas cruzaram por cima da sombra, os soldados puderam ver apenas alguma coisa com dentes enormes e pontiagudos, e oque parecia apenas um homem cavalgando-a. A visão gelou os ossos até do mais bravo guerreiro.

- Infantaria, às suas espadas ! - Gritou Algor
- Azta hail! - Bradaram Zack, Dex, Phil e Jones. Bradaram todos os guerreiros

O Brado dos guerreiros foi seguido por gritos de agonia que pareciam vir de toda parte. Zack olhou a volta, varios Horrores avançavam vindo dos dois lados da estrada, da floresta, pegando todos de surpresa.
- Porra fodida! - Gritou Phil.

Os soldados golpeavam furiosamente com as espadas, despedaçando, as coisas mordiam e rasgavam, abrindo caminho. Os arqueiros estavam confusos e seu fogo foi dividido, tornando-se ineficaz. Caos total. Um terrivel grito de dor e o homem a esquerda de Zack tombou, uma das coisas agarrada em cima dele, olhando para Zack com furia e mastigando o olho que acabara de arrancar. A espada do rapaz riscou o chão do lado direito, fez um arco e caiu pesada do lado esquerdo. A cabeça do Horror voou no ar. Antes que tivesse tempo de erguer a espada novamente uma das coisas se aproximou correndo pela direita, e no momento que ia dar o bote, uma lança foi enterrada fundo em sua cabeça. Dexter recolheu o Javelin, chutando o corpo.

- Vamos dar o fora daqui, agora! - Disse Dex, correndo para os portões e puxando o amigo pelo braço.

- Recuar! Recuem para os portões! - Bradava a voz do capitão Algor, de algum lugar em meio ao caos.

Zack e Dex correram e econtram Phil quando passavam pelo portão, ele carregava Jones nas costas. Não houve tempo para perguntas, ouviram um estalo pesado e muitos gritos desesperados. Zack olhou pra traz, haviam fechado os portões e muitos, inclusive o capitão Algor, continuavam la fora. Um rosnar mostruoso se juntou aos gritos e, instantes depois, tudo cessou.

Instantes de silencio tenso, então os portões simplesmente explodiram sob o peso das patas de um monstro que lembrava um lagarto gigante, seu cavaleiro, um homem musculoso com varias tatuagens tribais no torax esposto, carregava o Capitão Algor pelo pescoço com uma das mãos e encarava os assustados soldados com seus maléficos olhos verdes.

- Vamos! precisamos chegar ao estábulo - Gritou Phil, mas Zack continuou olhando.

Não foram os Horrores que primeiro passaram pelo portão, foi uma carruagem enorme, puxada por dois cavalos negros. Dois arqueiros fizeram pontaria no cocheiro, que vestia um manto. Ele ergueu uma das mãos, e os arqueiros atiraram um na cabeça do outro. Zaquerdon olhou para o cocheiro, e as vozes de Dex e Phil ficaram cada vez mais distantes, tudo ficou mais distante quando só oque ele via era aquela maligna mascara branca. Então tudo desapareceu.





Próximo capitulo: Na trilha







Tuesday, November 27, 2007

Sweney: O Filme

Seria a História de Sweney e Joelmo?? Johnny Depp se superou agora.
Valeime!

Monday, November 12, 2007

Translate your Music

Ignite - Let It Burn (tradução)
Estou refletindo
Estou pensando em você
Tento lembrar de me mexer
O pesadelo se revela
Nunca deveria ter deixado ela ir
Sozinho nesse quarto vazio
Deixe queimar

Estou refletindo
Estou pensando em você
Tento lembrar de me mexer
Eu espero ao lado do telefone
Você nunca voltará para casa

Refrão:
Deixe queimar, deixe sangrar
Esqueça aquela manhã de domingo
Eu não entendo
Apenas dê a ela mais uma chance
Que os anjos a mantenham protegida esta noite
Eu estou fazendo tudo o que posso
Deixe queimar

Era um dia frio de inverno
As ruas estavam molhadas com a chuva
Outra bebida, uma para a viagem
Ele girou a chave
E começou a dirigir
Eu gostaria de nunca a ter deixado ir
Eu gostaria de poder apertar o (botão) "voltar"
Tão jovem e tão viva

Refrão

Deixe queimar, deixe sangrar
Mas dessa vez eu perfurei meu coração
Debaixo da minha pele
Deixe queimar, deixe sangrar
Que preço, vida destruída
Por causa do pecado de um homem

Eu não entendo
Apenas dê a ela mais uma chance
Que os anjos a mantenham protegida esta noite
Eu estou fazendo tudo o que posso
Deixe queimar

Alexisonfire - Keep It On Wax

Deixe Engradecer/Encerado

Eu, Eu Acho, Que As Unicas Coisas Baratas São Os
Amigos
Vc Sempre pOde Fazer Novos Amigos (Oh Não)
Mas Nunca Vai Valer Tanto (Oh Não)
[2X]

Agora Estas Pontes Saum Cinzas
Elas Bem Que Nunca Deveriam Ter Sido Construidas
Elas Bem Que Nunca Deveriam Ter Sido Construidas
Pequeno Rio Que Ela Cruza
Parece Com Um Oceano Agora, Um Oceano Agora

O Tempo Muda E As Pessoas Mudam Com ele
Algumas Pessoas Adoram Se Fazer De Vitima
(Adoram Se Fazer De Vitima)
Sua Precaução Com O Fim
Lavou Essas Poucas Ultimas Lagrimas Para Nada
(Naum Foi Tudo Por Nada)
Deixe Engradecer/Encerado

Você Não Eh O Unico
Que Esta Fazendo Estes SAcrificios
Que Esta Fazedno Estas Sacrificios
E o Tempo Naum Vai Curar, Merda
Quando vc Estava Com Suas Mãos No Meu Bolso
Quando vc Estava Com Suas Mãos...

Chuta, Chuta, Chuta
Grita, Grita, Grita
Naum Vai Mudar Porra Nenhuma (Naum Vai Mudar)
Chuta, Chuta, Chuta
Grita, Grita, Grita (Porra Nenhuma)
[2X]

Eu, Eu Acho, Que As Unicas Coisas Baratas São Seus
Amigos
Eu Acho, Que As Unicas Coisas Baratas São Seus Amigo
[3X]

OHHHHHH, Mas Que vernha
OHHHHHH, Que Você Teve Para Mudar As Coisas Dessa Vez

O Tempo Muda E As Pessoas Mudam Com ele
Algumas Pessoas Adoram Se Fazer De Vitima
(Adoram Se Fazer De Vitima)
Sua Precaução Com O Fim
Lavou Essas Poucas Ultimas Lagrimas Para Nada
(Naum Foi Tudo Por Nada)

Se Foi, Se Foi
Não tem Nada Deixado Aqui
Deixe-o Engradecer/Encerado
[2x]

Friday, November 09, 2007

A Volta Do Cão Arrependido.

Ae galera, nem nada interessante pra postar, vim apenas pelo ato de postar e dizer uma coisas a todos vocês. Gostaria de agradecer a todos por esse ano, aprendi muito com cada um de vocês, e sinto que amadureci mais esse ano do que nunca, mesmo esse ano não sendo tão bom, sinto que ano que vem vai ser muito bem melhor que todos os anos. Bom gostaria apenas de postar algo mesmo e dizer algumas coisas verdadeiras.

Hands up kojiro!


.Paulão Do Caminhão.

Friday, November 02, 2007

A Parelelidade Merveliana

A Parelelidade Merveliana

Sexta-feira - dia 02 de novembro às 12 horas


Os kojiros almoçam tensos. A comida parece não descer direito, e quando finalmente engolida parece não conseguir ser digerida. São as ditas 'borboletas' que voam pelos estômagos daqueles que lembram que faltam então 2 dias para o vestibular.

Sexta-feira - dia 02 de novembro às 16 horas

É feriado, mas não para os Kojiros Vestibulandos. Eles não tiverem feriados nesse ano. E sabem que se não passar no vestibular, não terão ano que vem. Ao lembrar da tão maldita prova os kojiros fazem uma careta de angústia, e fecham os olhos orando para todos os santos uma ajudinha, uma providência divina que os faça simplesmente passar. Deus/Ala/Budda/Ganesha até atenderiam tais pedidos, mas tem outros 200.000 boavistenses pedindo a mesma coisa.

Sábado - dia 03 de novembro às 18 horas

Gustavinho é pego por sua mãe chorando no quarto, ela o acolhe nos braços e diz baixinho em seu ouvido, coisa de mãe:
"Te acalma, agora que não adianta se arrepender por não ter estudado, te falei pra estudar, mas tu fudeu tudo! Agora te acalma e vai ler mais um pouquinho!"
Em outra casa Lucas se masturba vendo Pulp Fiction, mas desmaia antes de concluir o ato, devido a grandes tenções psicologicas.
Paulo, um pobre garoto que moro perto do Caçari, mas não no Caçari, dorme como sempre, mas seu sono é atormentado por pesadelos onde provas mutantes tentam come-lo.
Perto dali, no Caçari, Girafinha conversa com um dos fantasmas de sua casa, numa tentativa desesperada de auto afirmação.
Said, vê Piratas pela 72º vez, mas o 23 fica estacionado no 2cm. Ele não tem ânimo, nem mesmo com as velhinhas que adentram seu quarto o chamando para uma dança do acasalamento medieval.

(o Dellano não vai ser citado, pq pra eu não acredito que um animal pensante possa fazer dois vestibulares seguidos pra mesma coisa, sendo que passou na primeira)

Domingo - dia 04 de novembro às 10 horas

Os kojiros se deparam com um prova entediante, mas não tão difícil. Entretanto, a tensão e o medo de serem tachados como "NÃO APROVADOS" os fazem errar, riscar o gabarito de forma erra, calcular erronemente, trocas as palavras na redação... É um verdadeiro desespero. Gustavinho vomita e seus concorrentes são obrigados a fazerem prova com cheiro de repolho podre. Lucas caga no pé da fiscal e advertido de forma dura. Paulo faz a prova em 5 minutos achou tudo muito fácil, mas quando foi entregar à Fiscal, ela pediu para ele se sentar pq só entregar a ficha de presença não vale. Said decide dar um cochilo e dorme durante toda a prova. Felipe tenta esticar o pescoço para colar do cara da frente e é tachado de “Girafinha colona” pela Fiscal que recolhi sua prova, aponta para sua cara e começa a gargalhar, como em um filme de comédia B.

Domingo – dia 04 de novembro às 15 horas

Em uma tentativa fracassada de fingir felicidade após a prova os kojiros se reúnem, mas não conseguem nem conversar sobre nada que a conversa já afunila para assuntos de vestibular. Lucas não agüenta mais e admite: “Eu esqueci de fazer a redação!”, Felipe cai em prantos e revela também, pois necessitava se abrir após tanta tensão: “Eu sou um fantasma!” , e Said grita “Eu queria ser a loira do Piratas!”.

Momentos depois, os kojiros vão para sua casa, no outro dia Paulo é encontrado morto em sua casa, suicidou-se com as bolinhas de isopor da Kelloggs.

***

Em um mundo paralelo nos mesmos horários outras coisas acontecem:

Sexta-feira - dia 02 de novembro às 12 horas



Sexta-feira - dia 02 de novembro às 16 horas



Sábado - dia 03 de novembro às 18 horas



Domingo - dia 04 de novembro às 10 horas




Esses são os votos de boa sorte de Frederico Martins e Pilar Brasil. Que vocês mostrem seus conhecimentos enquanto tomamos nosso banho de cachoeira. Good Luck n' Fuck Yourself!


Um abraço.

Wednesday, October 24, 2007

Tamanho

"eles venceram muitas coisas, mas oque os venceu foi o tamanho"
Walter / Flag / Fannin - Homem de Preto



Um cara chamado Eisten um tempo atrás disse que o tempo é relativo. Mas como se o tempo pode ser medido? . Sendo que cada um vê as coisas de uma forma, é perfeitamente possivel. Uma palestra sobre natação por exemplo, as duas horas vão parecer ao Dellano 20 minutos, enquanto pra qualquer outro de nós, dois dias. O mesmo se aplica ao tamanho. E o tamanho explica tudo.

Não só o tamanho real, mas tambem o tamanho no sentido de intensidade. Aos olhos de um pessimista por exemplo, um problema sera sempre um grande problema, enquanto que a mesma coisa pode parecer mero contratempo na concepção de outra pessoa.

É realmente impressionante como o tamanho esta relacionado a tudo, e tão importante quanto ele é sua unidade de medida. Peguemos como exemplo uma criança. Será que quando fura o dedo, ela chora por ser fraca? não tendo conhecido outras dores para comparar com esta, ela pode parecer realmente grande, e digna de cada lagrima. O primeiro amor, completamente desmedido, parece eterno.

E a noção de tamanho nos faz crescer. Um adulto, ja com a experiencia de diversas medidas, sabe diferenciar um arranhão de um ferimento, e não chorara mais por um furo no dedo. Assim como sabe diferenciar atração de amor, e não sonhará se casar e viver pra sempre com qualquer par.

O mais importante sobre tamanho, é que, por mais dificil que possa parecer, nunca esqueçamos o tamanho de nós mesmos. Assim nunca nos sentiremos pequenos diante de problemas pelos quais podemos simplesmente saltar.

Somos grandes, não se esqueçam.

Sunday, September 30, 2007

Felipe! quer dizer Seagal

Isso lembra alguém hein?

YAY!

Eu postei MESMO!!

HAHAHAHA!
Para a surpresa de vcs kojiros eu acabei postando mesmo.
Caótico né?
É difícil entender como podemos ter deixado de postar no blog... Este q, que além de blog vêm a ser o simbolo da nossa amizade(q lindo =~ hahaha), este que nos faz tentar se mais unidos ou simplismente tentar tirar umas boas gargalhadas da boca um do outro.
É sério não vamos deixar q os problemas a atuais e q o ano de vestibular enfraqueça este nosso azimute(como diria o guerreiro) da nossa criatividade, este nosso refugio.
Deixo aqui meus votos para :
- que o flp volte a fazer suas crônicas do lobo;
- que o fred volte a escrever nora char, q até hj quero saber o final!;
- que o said volte a escrever errado qnts vezes quizer(nem tanto) dês d q continue com a história dos kojiros pelo menos;
- que o lucas cumpra com suas promessas e escreva as críticas de filmes;
- que o paulo tbm poste alguma coisa quando nao estiver viajando;
- que eu post mais vezes;
- que a milena de notícias;
- que a pilar post alguma vez;
- enfim, que o kojiro volte a ser KOJIRO PAIN.

Wednesday, August 29, 2007

Orientação em Manaus

Aê kojiros e Raposas,

Só pra informar duas coisas:

1 - A corrida de orientação organizada por mim, pelo paulo e ícaro, do dia 09 de setembro foi adiada por motivos do tópico nº 2;
2 - No dia 09 de setembro haverá a 3ª etapa do Campeonata Amazonense de Orientação e haverá uma delegação de Roraima fazendo representação. O Sgt Alessandro me passou as informações. Nós saíriamos daqui na sexta-feira, dia 07 de setembro, feriado, a tarde de ônibus, juntos com demais orientistas daqui de roraima, chegariamos lá de noite. No sábado dariamos um rolé pela cidade, no momento mais light da viajem; Domingo participariamos da 3ª etapa do Amazonense, os Raposas e os demais. Depois da corrida eu iria receber medalhas enquanto vocês ficavam com algumas manauaras. Pela parte da tarde ficariamos novamente livre para dar um passeio; Voltariamos segunda-feira de manhã, chegando de tarde em Boa Vista.

Perguntas!

Onde a gente vai dormir?
Teremos dormitorios cedidos pelo exército. Ou seja, não pagariamos nada.

E os custos?
Os custos seriam com alimentação e o valor do ônibus, que será rachado para todos os participantes. Ainda não se sabe valores exatos.

Levando as informações acima em consideração gostaria de saber quem vai ter interesse em ir, pois o Alessandro pediu para eu levantar tais dados. Quem quiser fala logo com a família, mulher e filhos, e vamo nessa, quem não quiser diz logo que não. Preciso que vocês me informem o desejo de vocês o quanto antes, quem tiver um amigo interessado que não seja raposa, pode chamar, a viajem é para todos os interessados.


Um abraço, Apiau! e 'Go to the prisma...in Manaus'

Saturday, August 25, 2007

Ilusão de Ótica!

Dizem que se você olha fixamente esta imagem por 10 minutos, você conseguirá ver um cachorro.

Incrivel!

Thursday, August 16, 2007

Lições Elementares para uma Vingança Bem Sucedida

Lições Elementares para uma Vingança Bem Sucedida

 



1 - Nunca deixe a vítima saber que foi você!
Exceção 1: quando a necessidade do seu prazer pessoal em ver a cara da vítima na hora H for maior que o seu anseio por segurança.
Exceção 2: quando você tem o desgraçado em suas mãos e o ameaça em caso de ele querer ir à forra


2 - Nunca aja movido pela emoção...
Sempre fode tudo... a gente fica empolgado e acaba esquecendo detalhes comprometedores. Detalhes que irão fuder com a gente depois...

3 - Vingança é como empréstimo de dinheiro... deve ser devolvido com juros e correção vingativa
Se você for do tipo: toma lá da cá... que seja na mesma moeda.
Se você remoe o que foi feito contra você prepare algo muito pior à medida que o tempo aumenta.

4 - Testemunha nenhuma presta... que nem Testemunha de Jeová
Não seja meio abestado... muito menos um abestado completo... vingança é como masturbação, um prazer solitário... você não sai por aí dizendo que bateu uma punheta... então não saia dizendo que se vingou de fulano... isso é o mesmo que pedir retorno.
Detalhe: assim como a masturbação você pode fazer com outra pessoa... a regra ainda vale... quem ganhou uma punhetinha da namorada não sai contando pros amigos... então quem tramou vingança em grupo deve ter consciência que os comentários deverão ser feitos somente dentro do grupo.

5 - Mate dois coelhos com uma caixa d'água só!
Sim... eu escrevi errado propositalmente... faça de um jeito que a culpa caia em outra pessoa, e se alguém suspeitar de você seja "retardado"... o mundo é dos João Sem-Braço... olha o Lula aí no governo.

6 - Todo mundo sabe que dinheiro é bom... por isso todo mundo quer dinheiro.
Existe um ou outro que faz voto de pobreza. Vingança é dinheiro... todo mundo sabe que se vingar é bom... por isso todo mundo sente prazer quando a mazela recebida é retornada ao mal-feitor... mesmo que por outrem. Um ou outro se diz santo e quer alcançar a iluminação. Então tome cuidado com o que você faz aos outros... esteja preparado para ser sacaneado após sacanear alguém.

7 - Quando fazemos compras vemos até que limite podemos gastar
Sempre vemos até onde podemos gastar em algo que nos dê o prazer de simplesmente comprar. É um investimento no prazer... avaliamos se vale a pena ou não. Se vingar é a mesma coisa. Se pra você se vingar você precisa gastar um horror de dinheiro, ou de tempo útil que você poderia estar usando pra GANHAR dinheiro, a primeira coisa que você faz é avaliar se vale a pena ou não. Quem decide é o prazer final que você "saboreia" com o ato efetivado.

8 - Ao se vingar de alguém avalie as mentiras necessárias para que tudo dê certo e você não seja delatado.
Se pra se vingar de alguém for necessário expor a sua figura, avalie se será possível realizar um rastreamento até a sua pessoa. Se for o caso bole as mentiras necessárias para se defender... em caso de possibilidade de delação por parte de alguém, tenha em mente uma forma de culpá-lo pelo crime.

9 - Vingança em grupo: EVITE AO MÁXIMO
Nestes casos sempre acontece o que a justiça brasileira chama de "delação premiada". Algum imbecil pode não cuidar do próprio rabo e ser pego. Nesse caso a primeira coisa a ser feita e salvar a pele entregando os comparsas... não confie em ninguém... caso seja inevitável, JAMAIS seja a líder do grupo. Em geral é ele quem se ferra de verdade...

10 - Vingança em grupo não pode ter conseqüências catastróficas
Se vocês decidiram sacanear alguém e existe a possibilidade de dar merda... mas MERDA GRANDE MESMO (morte, ferimento, divórcio, prejuízos absurdos, ou algo do gênero...) não participe. Se esse é realmente o seu objetivo, faça tudo sozinho e com atenção redobrada. Alguns seres humanos sofrem de um mal chamado remorso (também conhecido como "peso na consciência). O elo fraco do grupo sempre fode com todo mundo.

Monday, August 13, 2007

Enquanto isso, na terra de Jame Bond

Continuam as investigações a respeito do Caso do Brasileiro Jean Charles, assassinado pela policia inglesa.






Friday, August 10, 2007

Crise Aérea!



Vendo jegue com Reverso funcional.

Tuesday, July 31, 2007

Raposa da Amazônia

Ae! Dia 19 de agosto inauguraremos oficialmente a equipe Raposa da Amazônia, que surgiu da primeira equipe, a Kojiro Orienteering. E para que seja tudo mais bonito nós já mandamos confeccionar as bluss (todas estão sendo feitas em Fortaleza - CE), abaixo esta a blusa (clica pra aumentar). São todas brancas e de manga comprida. Já temos outras artes feitas para diferentes cores de blusas, assim que possível as faremos.




Não consultei ninguem sobre tamanho e valores, pois não tive tempo, mas usando do bom senso esta definido abaixo o tamanho da blusa para cada um de vocês. O preço da blusa saiu a R$ 20,00, com possibilidade remota de virar R$ 18,00, frete é foda.

Lucas - M
Felipe - M
Said - M
Luiz - P
Paulo - P
Dellano - P
Frederico - P
Sheldon - P
Pilar - P feminina

Caso alguem queira encomendar mais uma, para amigo, familiar ou outros, favor deixar um comentário o mais breve possível. O pagamento é até o dia da 19, como ainda tem os R$ 12,00 da 2ª etapa que quiser adiantar melhor.

Abraço e Apiaú!

Monday, July 30, 2007

Imagens Recentes!

Orientados e (semi) preparados...


Todos cansados e carrapixados...



Felipe não parava de sorrir tamanha alegria...




Lucas fazia bolinhas de emoção...




Said mostrava a garra de um penúltimo colocado...




A alegria de um bombacha no mato...


E o primeiro Kojiro voador...


Essa semana haverá assembléia sobre o futuro dos Raposas...

!!!!

Thursday, July 26, 2007

1ª Etapa CIOERR

Selva Kojiros!

Trago a vocês o resultado da 1ª Etapa do Circuito de Orientação do Estado de Roraima. Primeiramente dou os parabéns a todos os Kojiros, ou Raposas, que participaram e que completaram o percurso. Segue abaixo colocação geral do participante:

Classific / Nr / Nome do Atleta / Categor / Tempo
- 4º ......... 58....FREDERICO MART.....H 21 B.....0:25:46
- 8º.......... 54...FELIPE VENCATO.......H 21 B....0:37:25
- ........22....LUIZ GUSTAVO..........H 21 B....0:39:27
- 10º......30.....LUCAS BRILHANTE...H 21 B....0:49:26
- 11º.......26.....PAULO VICTOR.........H 21 B....0:50:15
- 12º......18......ANDRÉ REZEK..........H 21 B.....1:00:25
-------------------------------------------------------
- 5º.........1........PILAR BRASIL.........D 21 N......0:54:16


A pontuação dos Raposas no Ranking ficou assim:

1 - Frederico - 34 pontos
2 - Pilar - 33 pontos
3 - Felipe - 30 pontos
4 - Luiz - 29 pontos
5 - Lucas - 28 pontos
6 - Paulo - 27 pontos
7 - Said - 26 pontos


Lembrando ainda que eu fiquei apenas 14 segundos atrás do terceiro colocado e 3 minutos atrás do primeiro, ou seja, eles não são nenhum monstro, na próxima é Raposa no pódio.

A próxima etapa, dia 19 de agosto, vai acontecer em uma propriedade do exército e fica na BR, cerca de 15 minutos do centro. Já comessem a treinar, e chamem seus amigos e parentes. Sem esquecer que na próxima corrida estaremos todos uniformizados e mais preparados.
Qualquer nova informação repassada pelo Alessandro eu passo pra vocês, por exemplo a comida do dia.

APIAU!

Tuesday, July 24, 2007

O Nome Da Lâmina - Interludio I

Aê pessoal, tinha parado de postar um tempo porque não tava escrevendo nas ferias, mas agora vai normalizar.
O Nome da Lamina ta previsto pra ser uma historia em tres partes, a primeira ja foi concluida, mas como faz tempo vou colocar um resuminho aque:

Lobo é um samurai aparentemente imortal que perseguia oque ele chama de " A Horda". Sofre um encontro inesperado com um garoto em apuros em uma floresta perto de Boa Ventura. Ele leva o garoto em segurança devolta para a Vila. Lá, Lobo enfrenta o Acordador Escorpião, e é ferido mortalmente. O Garoto o leva para a Casa da Luz, orfanato onde morou desde quando se lembra e que fora invadido pelo misterioso Homem de Porcelana na noite anterior. Lobo sonha com o passado remoto, e ao acordar, ele e Pedro (o garoto) se preparam para uma jornada, segundo Lobo: para encontrar um velho amigo.

Interlúdio - O Fim da Espera

Essa seria mais uma noite de sono inquieto para Zaquerdon Rolster, e não apenas para ele, como para todos os outros soldados da primeira e segunda compahias do glorioso exército imperial. Desde que o terceiro grupo de infantaria partiu perseguindo esse inimigo desconhecido três dias atras, nenhum deles conseguia de fato relaxar em momento algum e nunca mantinham suas espadas a mais de um metro de distância.

Haviam rumores de todo tipo sobre oque estava acontecendo, e o maior motivo para o medo que estava espalhado por todo o acampamento é o de que ninguem tinha de fato certeza de nada, e ninguem sabia noque acreditar. Deixaram seus lares mais de duas semanas atras, a grande cidade portuaria de Vintara, sob uma ordem direta do Protetor. Iriam conter o avanço do Grande Horror.

O acampamento parecia uma vila acesa na noite escura, alguns soldados de armadura patrulhavam entre as barracas laranjadas armadas em uma grande extensão de uma estrada de terra. Dos lados da estrada, mata fechada. No centro do acampamento cercado por um muro de madeira, havia uma grande tenda azul retangular, a barraca de comando onde agora dormiam os dois capitães. Na porta, sua guarda pessoal.

Ninguem sabia doque se tratava o Grande Horror. Alguns meses atrás varias vilas foram simplesmente transformadas em cidades fantasma, completamente destruídas e sua população desaparecida. Desaparecida, pois os corpos nunca eram encontrados.

Zaquerdon ouvira teorias, alguns soldados experientes afirmavam com convicção que isso era coisa de um exército de terríveis bandidos chamado Caveiras Negras. O qual tendo apenas dezoito anos ele não estivera vivo para conhecer. Os padres mais fervorosos de Vintara afirmavam que os dias do julgamento se aproximavam, e o exército do inferno marchava pelo mundo dos homens. Não acreditava de fato em nenhuma das duas, mas sabia com certeza que algo bizarro estava acontecendo.

Todos os dias, os soldados que haviam feito a ronda na noite anterior contavam histórias sobre vultos misteriosos na floresta. As vezes rondas inteiras desapareciam sem explicação. Não haviam candidatos para equipes de busca.

De repente, o silencio da noite é rompido pelo som de trombetas, uma emergência. Zaquerdon e seus companheiros de barraca se levantam de pronto, nenhum deles estava de fato dormindo. Movimentação do lado de fora, os passos e vozes de uma multidão apressada, então eles perceberam que ninguem esteve de fato dormindo.

Todos na barraca vestiam suas armaduras e embainhavam suas espadas quando a tenda se abriu, e Dexter Irons apareceu. Dexter vestia sua armadura e tinha um grande Javelin* apoiado no ombro, a pouca iluminação da noite mostrava o rapaz magro e alto com seu curto cabelo ruivo, quase vermelho.

- Azta hail! - Disse ele.

- Azta! - Responderam os tres na barraca.

- Oque diabos está acontecendo Dex? - Perguntou Phil, o Búfalo, um homem negro forte como um rochedo.

- É a Terceira! parece que eles voltaram! - Disse Dex, no seu rosto um grande sorriso de alívio.

- Graças aos deuses! - Exclamou Jones, outro rapaz, de olhos quase brancos e cujos cabelos negros batiam nos ombros.

- Vamos nos juntar à festa! - Disse Zaquerdon, rapaz loiro e um pouco mais baixo que Dexter, num tom de verdadeiro entusiasmo, e se levantou caminhando para a saida da barraca.

- Eu juro que vou socar cada um deles por nos terem feito esperar três dias! - Disse Phil, mas tambem sorria.

Os quatro saíram e se juntaram ao aglomerado de soldados que caminhava para a entrada norte do acampamento, todos tinham olheiras de insonia, barbas por fazer, e um sorriso de alivio nos rostos. Esse sorriso só duraria até eles perceberem que a Terceira Compahia que chegava, ja não era mais exatamente a que partira três dias atras.

Proximo capitulo : Interludio II - O Grande Horror

Friday, July 20, 2007

Where is Dellano?


Se vocês tivessem acompanhado as competições de natação pela EsporTv provavelmente teriam me visto. Só a Nilbis que me viu e mandou uma mensagem.. Enquanto a galera do meu lado recebia ligações direto.. Seus merdinhas.

Pam Ryo 20007

Aê galera! Só pra reportar minha atual situação aqui no Rio.. Tá tudo muito massa por aqui, curtindo, sem preocupação nenhuma, aprendendo, conhecendo gente nova.. Esses dias tive uma crise de sinusite mas tomei um antibiótico e já melhorei. Engordei uns 2 kg eu acho. Tô sem treinar, o café da manhã do hotel é bom pra caraio, o almoço tbm e a janta sempre é besteira. Assistir a competição ao vivo é super diferente, agora sei por que o Fred gostava tanto de ir assistir os jogos do Fortaleza no estádio. Descobrí tbm que não é preciso ser bonito pra ser bom nadador, pelo contrário, os mais feios são melhores! UHeuhauheuaeh. Ainda bem, ainda tenho chance. Isso vcs podem comprovar nas fotos aí em baixo.. Pois é, e tem coisas que não se falam aqui no blog né? Pq a gente não sabe mais que tipo de pessoas frequenta isso daqui! Parece blog de mãe Joana. Uaheuaehuaehuaeh Abração aí pra vcs, saudades.. Na verdade nem tanta.. HEheahaehae



Esse é o Gustavo Borges










E esse o Fernado Scherer, o Xuxa

Monday, July 16, 2007

Clube de Orientação Boa Vista



Um dos esportes mais nobres e divertidos que já tive o prazer de praticar foi a a corrida de orientação, não por acaso, afinal uma mistura de corrida, com caça ao tesouro, sempre em um ambiente cheio de verde, é de deixar qualquer um maravilhado. E para os que gostam ou que pretendem gostar desse esporte trago boas novas, o Clube de Orintação Boa Vista, agora fundado terá sua primeira corrida, ou primeira etapa, neste domingo, dia 22. A corrida acontecerá no Haras Cunha Pucá, local muito bacana para a prática de tal desporto e onde os kojiros fizeram sua primeira corrida. As inscrições para a primeira etapa já acabaram, mas o Alessandro, que é da diretoria do Clube Boa Vista, me deu algumas fichas e disse: "Toma! Essas daí são pros Kojiros! Me entrega até terça-feira!" Enfim, quem quiser participar terá que me dar R$ 17,00 ( R$5,00 filiação no clube + R$ 12,00 da 1ª etapa), quem quiser participar da corrida e não se filiar a taxa é de R$ 20,00, ou seja, é mais jogo pagar logo os R$17,00. Entregar ATÉ HOJE, no máximo amanhã de manhã.
Esse ano o Clube Boa Vista fará 4 etapas, a primeira no Haras, outras duas em Boa Vista e a última em Mucajaí.

Um abraço e run to the prisma!



Tuesday, July 10, 2007

Reine Sobre Mim.


Kojiros!

Estava vendo calendários festivos e se não me engano dia 20 de julho é o dia do amigo, cá entre nós (Kojiros) essa data não conta muito, pois todo dia é o dia do amigo para gente. É até mesmo curioso e engraçado como somos tão dependentes uns dos outros, como exemplo fazia exatamente 4 dias em que não via a Pilar, e logo quando a vi abraçei ela como se tivesse passado 4 anos, ou ontem mesmo quando tive necessidade de ligar para o Paulo ás 3:45 horas da manhã para matar a saudade de 3 dias. São apenas pequenos exemplos de como eu também posso me considerar super dependentes de todos vocês, e já declaro aqui a todos que AMO VOCÊS!

E com essa pequena introdução venho falar de Reine Sobre Mim (Reign Over Me), filme dirigido por Mike Binder (do excelente A Outra Face da Raiva) e estrelado por Adam Sandler (Click), Don Cheadle (Crash) e Liv Tyler (Trilogia O Senhor dos Anéis). Dois antigos colegas de quarto Charlie Fineman (Sandler) e Alan Johnson (Cheadle) se encontram muitos anos depois e retomam sua amizade. Charlie acabou de perder sua esposa e filhos, e fica fugindo de sua própria vida, negando qualquer responsabilidade, e agindo até mesmo como uma criança enquanto Alan está sobrecarregado de sua família, e cheio de responsabilidade em seu trabalho. O reencontro oportuno dos dois vira um certo amparo para Charlie e Alan, desesperados com suas vidas eles necessitam apenas de amizade, e tentarão passar por esse momento torrencial em suas vidas.


posted by: Gordinho

Saturday, July 07, 2007

Kojiro DVD´S


Olá Kojiros! Internet de volta e venho mostrar a edição em DVD de 300 no Brasil, não é Unrated mas o pacotão é bom! O DVD vêm com mais de 90 minutos de extras, incluindo making-of, cenas deletadas, erros de gravação, comentários de Zack Snyder e Frank Miller e mais!

A Edição de compra via internet vem grátis 1 copo (o Dellano ia adorar) do filme, e custa R$ 49,90. A história nós já vimos e sabemos, 300 é um relato sangrento da Batalha das Termópilas, da Antigüidade, em que o Rei Leônidas (Gerard Butler) e 300 espartanos lutaram até a morte contra Xerxes (Rodrigo Santoro) e seu grande exército persa. Enfrentando dificuldades , o sacrifício desses homens levou toda a Grécia a se unir contra o inimigo persa, traçando um marco no caminho para a democracia. Inspirada pela obra de Frank Miller (criador da graphic novel Sin City), o filme é uma aventura épica que fala de paixão, coragem, liberdade e sacrifício, incorporados pelos guerreiros espartanos que lutaram em uma das maiores batalhas da história.


Fonte: Videolar.com

Tuesday, July 03, 2007

É Férias!

É Férias...

...Bem, talvez não pra mim. Pois ainda trabalho de manhã e de tarde e só tenho férias da faculdade. Mas de qualquer forma, boa parte dos kojiros estão de férias integrais, ou ficaram até a próxima semana. O que significa que este blog estrará em um momento de 2 comentários por blog, como já é de costume nas fatídicas semanas sem aula. Só espero que logo voltemos com força total, e se é pra deixar de entrar no blog que pelo menos aproveitemos de verdade as malditas férias.

Um grande abraço.


Frederico Martins

Thursday, June 28, 2007

A Moeda de Nora-Char. Cap 16.

A Moeda de Nora-Char


Capítulo 16 -Entre os mortos e vivos


- Ghrraarrdddddd!

Ivan e Tomás ouviram o grito e deram um salto para trás, as mão apertaram os coldres das armas. Ivan apontou a lanterna para onde saíra o grito, uma entrada a direita do corredor principal, mas não enxergou nada. Caminhou lentamente e então pulou, apontando a colt em sua mão para o corredor. Tomás seguiu o movimento, mas quando a luz espantou a escuridão para longe os dois perceberam que não havia ninguém no pequeno corredor, que terminava em uma escada. Pelo menos ninguém vivo, constatou Ivan ao apontar a lanterna para o chão. Um homem, branco como um albino, jazia no chão, seu corpo ia da cabeça até o umbigo, a partir daí só havia tripas espalhadas no chão. O resto havia sido levado pelo que quer que seja escadaria acima, deixando um rastro largo de sangue fresco.

- Vamos embora daqui! – falou Ivan que respirava aceleradamente.

- Caralho, o que matou esse homem?

- Vai ficar pra descobrir?

Os dois aceleraram o passo. Respiração alta. A luz pulava de um lado para outro na mão inconstante de Ivan, que já procurava a moeda dentro do bolso. O barulho de bate estacas parecia aumentar a cada passo. Tomás olhou para as mãos, não sentia mais os próprios dedos, dormentes pela força exacerbada na arma.

- Estamos perto! – disse o gordo.

A lanterna de Ivan apontou para uma placa que pendia do teto, onde leram que o pátio de embarque estaria a pouco mais de 200 metros corredor a frente. Aceleraram o passo ainda mais, estavam quase correndo, Ivan tropeçou em alguma coisa dura, molhada, que ele fingiu não perceber que era uma cabeça, mas não chegou a cair no chão, os braços o empurraram de volta e desequilibradamente continuou a correr. As sombras que a lanterna criava pareciam se mover vacilantes, como pessoas. Só faltavam 50 metros.

O barulho dos bate estacas parecia mais alto e mais alto, e pela primeira vez Tomás achou que ele saia de sua cabeça. Assim como o frio e a umidade do lugar. Se acalme merda!

Um alto estalo soou atrás deles e um grito agudo fez Tomás virar rapidamente, o cano-de-fogo com dentes travados. Antes que a lanterna de Ivan iluminasse o corredor atrás deles, o cano-de-fogo gemeu, pedindo seu preço, e pelo som que se fez, de carne estraçalhando, foi recompensado. O clarão do tiro iluminou o corredor por menos de um segundo, e Tomás viu o corpo ensangüentado voando no ar. Um homem baixo, talvez um anão, Não era um criança, pela mor de deus!, desejou Tomás, já correndo novamente. Ivan não conseguiu acompanhar o que aconteceu, e por isso ficou calado, se limitando a correr com o máximo de velocidade que suas pernas permitiam.

O gordo vinha logo atrás, sentindo as pernas queimarem com o ácido lácteo. Até o ombro parecia doer novamente. E como estava frio.

- Ali estão as catracas! – falou Ivan, ofegante.

Os dois pularam algumas caixas que estavam jogadas em seu caminho. De trás de uma delas saiu uma mão imunda, enrolada em trapos, que segurou a perna de Tomás. Quando o gordo se virou viu a silhueta de um homem magro, albino, e por um segundo parou de tremer, ficou como seu pai, Agora é sem medo, meu amigo!, falou uma voz em sua cabeça. Tomás destravou o maxilar da criatura com o cabo da escopeta, um estalo seco. Virou e viu que Ivan já seguia 10 passos a frente.

Um amontoado de lixo escorado nas catracas dificultava a passagem, Ivan empurrou o monte com força, mas ele não cedeu. Tomás chegou logo depois e com um único chute fez a passagem ceder, espalhando lixo pelo lugar. Passaram rapidamente. Já iam continuar a correr quando se deram conta que haviam chegado.

Estavam finalmente no pátio. O alto som de bate estacas parecia ter diminuído até virar apenas um zunido grave. O frio também sumira, dando lugar ao calor agradável. Ivan colocou as mãos no joelho, não para descansar, nem se sentia cansado, era para se acalmar, estava tenso. Já Tomás se sentara no chão frio do lugar. Respirava desordenadamente e sentia o coração bater com tanta força que doía.

- Meu..Deus...- tentou dizer e respirar Tomás – A gente estava correndo do que mesmo?

- Acho que do escuro! – respondeu Ivan – O Expresss deve chegar aqui em alguns segundos!

Ivan levou então a lanterna para ver se havia mais alguém no pátio, com sorte não veria mais ninguém naquele lugar. Com azar veria apenas a realidade, e por um segundo desejou não ter levado luz ao que viu.

- Go-gordo?! – gaguejou Ivan – Gordo!

Tomás olhou para Ivan, e então para o fecho de luz. Sentiu os pelos se eriçarem, menos os das costas, que não tinha mais. O pátio estava cheio de pessoas jogadas no chão, entre escombros, entre lixo. E quando Tomás forçou um pouco mais a visão reparou nos membros pelo chão, cabeças, corpos. E lixo, muito lixo.

- Quando foi que a gente desceu a escada pro inferno? – Tomás tinha a face dura, as mãos tremendo, mas fingia estar bem.

Ivan passava a luz de um lado para o outro, e em todo lugar, lá estavam eles, os subumanos. A luz parecia acordá-los de um transe, começavam a se virar e olhar para Ivan e Tomás, alguns tinha facas nas mãos, outros barras de ferro e até mesmo outros membros.

- Talvez eles não queiram confus...! – Ivan falava quando uma barra de metal girou no ar, lançada de qualquer lugar, a barra atingiu a mão de Ivan jogando a lanterna no chão, espatifando-a. Automaticamente um breu se desceu em todo o lugar, não havia nenhuma fonte de luz, apenas um tecido negro em todos os olhos.

- Eu já falei que eu te odeio? – disse Tomás à Ivan.

O som de passos se tornou nítido, os subumanos se moviam. Alguns se afastavam com medo dos estranhos. Outros apenas procuravam algo pontudo para abrir a cabeça dos intrusos. Alguém comeria naquela noite. Era sempre noite no lugar. Era sempre hora de comer.

- Não te conheço gordo! – disse Ivan – Mas se não há um sorriso estampado agora mesmo no seu rosto, eu sempre estive errado sobre você!

- No inferno...- começou Tomás.

-...beije o Diabo! – concluiu Ivan com um sorriso não mais são do que os dos subumanos que ali estavam – Você pode me dar alguns flashes? Não estou vendo nada!

- Enquanto eu tiver balas, será um prazer!

Tomás sentiu os músculos se enrijecerem, um calor em toda a pele. Estava ansioso, era o cano-de-fogo em suas mãos que estava sussurrando, pedindo alguma coisa que ele já sabia o que era. Morram lunáticos! Antes de dar o primeiro disparo, um som metálico adentrou o pátio, junto com uma veloz luz que deu contornos mais claros na escuridão. O Express acabara de chegar.

- Quanto tempo o Express vai ficar ali parado? – perguntou Ivan.

- Acho que dois minutos!

Ivan correu, Tomás foi atrás. Os flashes dando vida, ou seria morte ao lugar. Se houvesse luz os subumanos teriam visto que os dois tinham longos chifres na cabeça. Um deles tinha um rabo negro e o outro uma barba feita de ossos. Os dois riam. O mundoabaixo deixava todos um pouco loucos afinal.


Capítulo 17 - Todo bom companheiro tem um nome




obs: A Moeda de Nora-Char entrará em um pequeno recesso. Apenas um descanso para Tomás e Ivan. Mas logo, logo, A Moeda de Nora Char estará de volta trazendo o desfecho deste embate, Zuma, a história de Ivan e muito mais.

Tuesday, June 26, 2007

Interlúdio 3

Ivan



"Char!"

"Era um lugar escuro, frio e quente. Eu não me sentia bem, nem sequer me sentia alí. Meus olhos estavam vermelhos, olhei para frente e lá estava ela, de vermelho. Era como Deus, mas falava como Satã."

The Power.

The Power.



Penso em Deus, como se pudesse fomentar todas minhas duvidas, livre de perguntas sem resposta.

Dentro do coletivo, Alcântara me olha desconfiado:
- Capaz de dar certo, Machado. O difícil é passar pela guarita...

A capacidade era sobre natural. Aquele homem sempre descobria meus pensamentos.

- Que guarita, Alcântara?
- Guarita da cadeia. - Responde com firmeza.
- HÃ?? Que cadeia??
- Não negue que você pensava numa fuga. Para você fazer tudo isso tem que fugir da prisão.
- Mas...não pensei em nada disso.
- Não?!? Estranho. Li isso em seus pensamentos.
- Incrível Alcântara! Agora você descobre o que eu nem pensei. Pois saiba que agora mesmo já me imagino fugindo de uma prisão! Vejo ate a guarita!
- É.
O ônibus sacoleja numa rua mal pavimentada e o motorista desabafa alguns palavrões. Alcântara levanta o olhar em desaprovo.
- Olha o respeito, tem mulheres aqui!
Confiro o lugar e aviso:
- Tá chegando meu ponto.
- Eu já sabia disso. - Afirma o vidente, sempre descobrindo o que vai acontecer, sempre prevendo o futuro. - Hoje eu pago sua passagem, Machado. - Diz já colocando o dinheiro na base da roleta.
- Não precisava... - Digo envergonhado. Alcântara pergunta ao cobrador:
- Quanto é?
- Dois Cruzeiros cada um.
- Faz três nas duas?
Na portaria do edifício, mais uma demonstração do poder de Alcântara.
- Machado, pense numa cor.
- Pensei.
- Verde?
- Não.
- Azul?
- Não.
- Preto?
- Não...
- Vermelho!
- Não.
- Amarelo??
- Isso, amarelo! Cara, você já pensou em ganhar dinheiro com isso? Você adivinha tudo!
- Não posso. Seria injusto.
- Bom, você que sabe.
- Ate amanhã vizinho. – Diz o vidente subindo mais um lance de escadas do prédio.

Penso em Deus, como se pudesse fomentar todas minhas duvidas, livre de perguntas sem resposta.

Dentro do coletivo, Alcântara me olha desconfiado:
- Capaz de dar certo, Machado. O difícil é passar pela guarita...

A capacidade era sobre natural. Aquele homem sempre descobria meus pensamentos.

- Que guarita, Alcântara?
- Guarita da cadeia. - Responde com firmeza.
- HÃ?? Que cadeia??
- Não negue que você pensava numa fuga. Para você fazer tudo isso tem que fugir da prisão.
- Mas...não pensei em nada disso.
- Não?!? Estranho. Li isso em seus pensamentos.
- Incrível Alcântara! Agora você descobre o que eu nem pensei. Pois saiba que agora mesmo já me imagino fugindo de uma prisão! Vejo ate a guarita!
- É.
O ônibus sacoleja numa rua mal pavimentada e o motorista desabafa alguns palavrões. Alcântara levanta o olhar em desaprovo.
- Olha o respeito, tem mulheres aqui!
Confiro o lugar e aviso:
- Tá chegando meu ponto.
- Eu já sabia disso. - Afirma o vidente, sempre descobrindo o que vai acontecer, sempre prevendo o futuro. - Hoje eu pago sua passagem, Machado. - Diz já colocando o dinheiro na base da roleta.
- Não precisava... - Digo envergonhado. Alcântara pergunta ao cobrador:
- Quanto é?
- Dois Cruzeiros cada um.
- Faz três nas duas?
Na portaria do edifício, mais uma demonstração do poder de Alcântara.
- Machado, pense numa cor.
- Pensei.
- Verde?
- Não.
- Azul?
- Não.
- Preto?
- Não...
- Vermelho!
- Não.
- Amarelo??
- Isso, amarelo! Cara, você já pensou em ganhar dinheiro com isso? Você adivinha tudo!
- Não posso. Seria injusto.
- Bom, você que sabe.
- Ate amanhã vizinho. – Diz o vidente subindo mais um lance de escadas do prédio.



*Publicado por In Velho We Trust no blog: abobradiario.blogspot.com

Saturday, June 23, 2007

O Nome da Lâmina - Capitulo 06

No Orfanato

Era manhã na Casa da Luz, o sol entrava pelas frestas entre as tábuas do celeiro e iluminava todo o aposento que cheirava a feno e sangue seco. Mas o garoto não realmente dormira, estava estafado, mas não conseguiu a tranquilidade para feixar os olhos e dormir depois de tudo oque vivera nas últimas horas.

Lobo não pareceu ter o mesmo problema. Por um momento o garoto achou que ele realmente fosse morrer, ele gemia e se contorcia na cama, suando frio. Depois, pareceu cair em sono profundo, e falou muito durante a noite, coisas desconexas e alguns nomes, foram eles Almair e Janus? O garoto não se lembrava ao certo.

Agora de manhã, notou que o ferimento no tórax do homem, um rombo no qual o garoto poderia colocar os dois braços, havia desaparecido. Seria ele o último ser humano normal? e se o homem tivesse morrido durante a noite ? e se acordasse como uma daquelas coisas, faminto e assassino? ele tinha que estar preparado. O homem se mecheu na cama, mas quem estava despertando ?

O garoto olhou a volta. Encostada na cama e embainhada estava a espada que o homem carregava. Ja vira algumas espadas antes, e até algumas boas lâminas dos Aztahli, soldados do império que as vezes passavam por Boa Ventura, mas nunca uma como aquela.

A começar pelo tamanho. A lâmina, levemente curva, era maior doque ele próprio, tendo mais ou menos um metro e meio de comprimento. A riqueza de detalhes com a qual era trabalhada impressionaria os olhos até do mais rude ignorante no campo das artes, a bainha era de um negro reluzente e adornada com simbolos cabalisticos em prata, o cabo, revestido com couro preto, impecável. Aquela parecia mais doque uma simples lâmina. Parecia poderosa. Muito poderosa.

O garoto se aproximou da espada, nada no mundo o tornaria mais seguro, ela o tornaria poderoso. E a tocou. Nesse momento sentiu uma dor extrema na cabeça, como se tivessem lhe cravado uma estaca, e uma voz dentro dela gritou agonizando. Se afastou da espada retirando a mão de chofre como quem toca algo muito quente, e deu seu próprio grito de dor.

- Qual é o escândalo ? - Disse uma voz sonolenta atraz do garoto.

Ele se virou para olhar o homem que falava. Estava muito diferente doque ele encontrou definhando no centro da vila no dia anterior, mas não parecia em nada com um Horror. Parecia apenas mais vivo.

- Eu.. pensei ter visto um bixo - Mentiu ele.

- Ah.. - Disse Lobo olhando-o nos olhos. - Escute garoto, nós vamos fazer uma viagem e eu tenho um pouco de pressa, então acho melhor pegar toda a comida que puder achar, e tudo o mais que julgar útil pra sobreviver - Uma pausa - rápido. - Disse enquanto apanhou a poderosa lâmina e começou a amarra-la na cintura.

O garoto compreendia que não havia opção, e de alguma forma gostava do homem, talvez do fato de ter alguem vivo por perto. Pegou a bolsa de pesca do velho João, e começou a esvaziar a despensa pegando toda a comida que conseguiu. Também algumas de suas roupas, e no meio do corredor, a faca de caça do Pai, com a qual ele no dia anterior cortara fora a própria lingua e assassinara a Mãe. Talvez pudesse se útil.

Viu que o homem também trazia consigo uma sacola pequena, pendurada na cintura, e que ele não a carregou com nada do aposento.

- Pronto? - Perguntou ele para o garoto, que confirmou com a cabeça.- Então vamos lá - E se encaminhou para a saída.

- Hei.. - Disse o garoto, e o samurai se deteve, ainda de costas para ele. - É que.. eu não sei seu nome.. - Ele parecia envergonhado.

- Meu nome é Lobo - Disse ele, que só dava importancia aos nomes que ele mesmo criava.

- O meu é Pedro - Respondeu o garoto. O samurai recomeçou a andar.

- Para onde estamos indo ? - Perguntou Pedro, quando recomeçaram a andar.

- Eu estou indo ver um velho amigo, e , se tivermos sorte, você esta indo pra um local seguro.-

E sairam, passando por cima das portas que o Homem de Porcelana derrubara um dia antes.


Fim da Primeira Parte.
Proximo capítulo: Interlúdio - parte I

Friday, June 22, 2007

A Moeda de Nora-Char. Cap 15.

A Moeda de Nora-Char


Capítulo 15 - Mundoabaixo


A vela iluminava a seringa nas mãos de Luis, a agulha entrou vagarosamente em seu braço, trespassando a pele até chegar na veia, do submundo para a grande gaia, pensou, ou pensaram, haviam muitas vozes em sua cabeça. Ele estava em um dos milhares de corredores do Express, estava tudo como sempre, escuro e sujo, onde não se via mais do que dois metros a frente. Luis pegou a vela e começou a caminhar pelo lugar escuro, pelo submundo. Tropeçava de vez enquando sobre as próprias pernas, fazia tempo que não controlava perfeitamente os movimentos. Muito menos os pensamentos.

Alguns corpos decoravam o chão do lugar, juntamente com o sangue nas paredes criando um cenário macabro, assustador, mas não para Luis, ele estava a um longo tempo ali, era sua casa, e de muitos outros seres. Ruídos se ouviam através das paredes, num intercalado som de bate estacas debaixo d’água, expulsando ininterruptamente o silêncio absoluto do lugar.

Luis caminhou até o salão de acesso da estação, na esperança de encontrar algum desavisado que decidisse ir para o mundoabaixo. Se encontrasse roubaria seus pertences, e depois mataria, certamente, não por crueldade, era algo mais puro, mais instintivo, por prazer. Com sorte seu possível visitante seria uma mulher que satisfaria, ainda, outros desejos. Fazia tempo ele que não via uma mulher, a última que encontrou estava morta a dias, mas quando Luis a penetrou jurou ouvir ela gemer de prazer, do submundo para a eterna e prazerosa gaia. Precisava urgentemente saciar alguns desejos, sem falar da própria fome e sede, a vida ali no escuro era subumana, mas ele não subiria as escadas novamente, ninguém que desce sobe. Lá em cima o sol era forte demais para seus olhos. Sua pele branca e sensível estava a alguns anos acostumadas ao úmido viver daquela caverna de concreto.

Passos ecoaram da escadaria, Luis pulou para trás de um amontoado de caixas de papelão e ficou com os olhos a espera de visita, de uma presa. Olhava para a escada com seus olhos embaçados. Viu primeiro as pernas, depois os braços e, por fim, as cabeças. Dois homens. Dessa vez comeria de suas carnes e beberia de seu sangue. Saciaria até mesmo seus mais íntimos desejos carnais com aquelas criaturas monstruosas do mundoacima. Luis caminhou lentamente atrás dos dois homens que haviam se dirigido para o corredor principal. Ria debilmente, mas baixo, ao mesmo tempo que fungava atrás de algum cheiro das suas presas, adorava sentir o cheiro doce de delas, as vezes gozava só em senti-lo, cheiro de coisa viva.

Um deles, Luis notou, tinha um rabo negro, que terminava em uma ponta de flecha, saindo de suas vestes brancas e pequenos chifres na cabeça. O outro tinha 7 vezes o tamanho de uma pessoa normal, não tinha lábios e gemia gulturalmente a cada passo.

Monstros! Comida para toda minha vida, comida de gaia, pensou Luis.

Os dois já estavam a meio caminho das portas de acesso do pátio do Express, Luis, que seguia escondido na escuridão, já tinha em sua mão esquerda um grande e afiado pedaço de vidro, teria que pega-los antes que eles entrassem na grande minhoca. Luis dobrou a direita e subiu uma escada curta, correu velozmente por um corredor no andar de cima, avistou algumas pessoas se esconderam enquanto corria, entrando nas salas do lugar, depois voltaria para matá-las, intrusos em minha casa. Desceu então uma escada a direita e ficou parado, com as costas coladas na parede, colocou a cabeça lentamente no corredor principal, avistou a luz de uma lanterna pairando no ar, os dois homens vinham em sua direção.

Apertou o vidro em sua mão até um filete de sangue correr entre os dedos, excitado. Enfiaria o objeto primeiro na cabeça do homem de branco e depois arrancaria as tripas do gigante. Já havia feito isso milhares de vezes ali embaixo, matava, mutilava, comia, trepava. Na ordem que o desejo pedia, as vezes fazia sexo com restos corporais, se inundado de sangue, prazer e insanidade.

Os passos denunciaram que os dois estavam a menos de dois metros. Luis abriu um largo e psicótico sorriso, firmou mais uma vez a arma na mão.

Gaia me dá comida essa noite!



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