Thursday, June 09, 2011

O garoto que queria ser rei

coroa

Era um belo dia de verão, um dos últimos, e Pedro saiu para brincar na praia perto da sua casa. Já era costume o garoto brincar só, os pais o acompanharam algumas vezes e, como nunca acontecerá nada, decidiram deixa-lo ir sem ninguém à praia. Aproveitavam para curtir o tempo a sós e reavivar a chama da paixão através de sexo sadomasoquista.
O passatempo de Pedro era criar castelos de areia, provavelmente tinha sido um rei em outra vida, era o que imaginava.
E não era difícil que assim o fosse, o garoto tinha porte de rei. Cabelos loiros e pele alva como a neve. Aos 10, que apresentava agora, já exibia uma dicção espetacular e criava histórias tão originais sobre guerras medievais que só as poderia ter vivido.
Gostava também de lendas como a de Atlântida. Essa em particular.
Indagava-se sobre a veracidade de uma ilha tragada pelo mar. Sobre povos tão evoluídos, mas que não deixaram vestígios de sua civilização. Pessoas com os cabelos brancos e pinturas dourada na pele, inteligentes o bastante para terém ultrapassado os conhecimentos da população atual, mas que irritaram seus deuses e foram resumidas ao pó.

- Avante guerreiros de Atlântida, seu rei vos espera! – Gritava. Fingindo ter acabado de conquistar terras longínquas, em uma de suas histórias
- Eis que encontrei você. – Uma voz desconhecida disse.
- Pai? Mãe? – Pedro buscou apenas com o rabo do olho – Eu ainda estou brincando, será que posso ir pra casa depois?
- Sou teu Pai, mas de outra vida – Repetiu a voz que tinha uma entonação gutural
Ao olhar pra trás Pedro o avistou. Era um homem tão velho quanto a terra. Cabelos brancos e longos. Usava uma toga e um pano engraçado na cabeça. As partes que saiam de sua roupa engraçada exibiam pinturas que pareciam ouro e traçavam desenhos que deviam percorrer todo o corpo do velho. Ele estava descalço.
Era um atlântida, sem dúvida, Pedro pensou.
- Estou a tua procura faz mais de mil anos jovem Anshkar. – Disso o velho atlântida. Pedro apesar de estar fascinado sentia medo, seus pais sempre o alertaram para não conversar com estranhos, mas não conseguia reunir forças para gritar.
- Desculpa senhor, mas eu não o conheço. Acho melhor...
- Não filho – Interrompeu o velho – Me conheces, apenas não se lembras de mim. Sou teu pai de Atlântida. Mandei sua alma para encontrar o corpo digno de um rei pelo mundo. Agora preciso de você para reconstruirmos nosso reino.
- Não acredito! Então sou mesmo um rei? – indagava Pedro, que perdia o medo do estranho pouco a pouco – Vocês ouviram guerreiros? – Perguntou aos seus soldados imaginários.
- Vamos Anshkar, se quer mesmo ser rei, não podemos perder tempo. Vamos até os cômodos em que me instalei enquanto te procurava. Não é longe. – A voz mudava para algo mais convidativo de carinhoso.
- Só preciso avisar meus pais des.. – Ia dizendo Pedro com euforia, feliz demais para reparar que o velho estivera esse verão inteiro na praia.
- Não há tempo! – O velho puxou o garoto pelo braço, que não resistiu tanto quanto o esperado.

Horas depois a polícia, chamada pelos pais de Pedro, encontrou o garoto a ponto de ser abusado. Estava nu e amordaçado.


Foi assim que prenderam Jeremias, o velho pedófilo da praia.

4 comments:

André Rezek said...

e essa é a verdadeira história de percy jackson!
aihiIUHIUAHIUHiuHAIUHIAUHAI..

Fred Martins said...

hauhauhau. A vida real é bem menos glamurosa. Muito bom.

Gustavo Coimbra said...

ia ser maior, mas uma hora eu cansei de escrever.. Jiromba no menino.
hahaha

Dhell said...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk