Thursday, November 29, 2007

O Nome da Lâmina - Interludio II

Nota: Como todos sabem, fiquei muito tempo sem escrever, e consequentemente, sem postar. Tenho a mania feia de começar as coisas e não terminar, mas decidi que com essa historia não seria assim. Isso é um marco! Se Lobo chegar ao fim da sua jornada, é tambem o fim do meu mal hábito.

Então como vocês provavelmente não lembram de muita coisa, aqui vai um resumão:

A vila de um garoto é atacada por zumbis, e ele foge para a floresta enquanto as outras crianças são sequestradas pelo Homem de Porcelana. Na floresta ele encontra um misterioso samurai que acaba levando-o devolta pra vila. Lá o samurai, Lobo, derrota o "Acordador" Escorpião, mas é mortalmente ferido. Ele e o garoto passam a noite no orfanato, ao amanhecer, Lobo está milagrosamente curado. Eles partem em uma viajem, segundo Lobo: "para encontrar um velho amigo, e se você tiver sorte, para um local seguro."

Então temos um interlúdio, onde a cena se volta para outro personagem. Este capitulo é a segunda e ultima parte do interludio, então a primeira precisa ser relida.

Interludio I : http://kojiropain.blogspot.com/2007/07/o-nome-da-lmina-interludio-i.html


Interludio II - O Grande Horror

A multidão do lado de fora dos portões, entusiasmada, aplaudia e gritava vivas, comemoravam o fim da espera. Mas, oque era esse friozinho na nuca que Zaquerdon sentia? Tentou ignorar o estranho pressentimento, queria acreditar que era só impressão. Talvez a tensão o tivesse deixado paranóico... Não. Não podia ser ignorado, não era impressão. Por que a Terceira Compahia marchava tão lentamente e sem uma tocha sequer? por que não respondiam as saudações e gritos de viva? Não era possivel que só ele percebesse que a coisa não estava certa. Olhou os companheiros a volta e então viu, que pelo menos uma parte deles também havia notado: As bocas exibiam ainda um sorriso que tentava a todo custo se justificar, mas os olhos não o acompanhavam, não estavam confusos, apenas transtornados com oque viam.
Súbitamente, um vento frio varreu a estrada na direção do acampamento levantando uma cortina de poeira. Um cheiro forte invadiu as narinas de todos, chegava quase a arder, cheiro de podre, cheiro de morte. Foi então que toda saudação, comemoração ou esperança cessou. Restou o silencio por um instante que pareceu durar muito tempo, onde todos trocaram um olhar aflito. Quem quebrou o silencio foi Algor, o homem barbado de cabelos negros que vestia uma capa vermelha com a armadura, o capitão da Primeira Compahia.

- Arqueiros em posição, agora! - Estrondou sua voz na noite.

Lewis, o jovem capitão da Segunda Compahia, olhou para Algor em duvida. Estavam todos confusos mas, atirar na terceira?. Algor não esperou que ele falasse.

- Confie em mim, eles não são mais a Terceira -

Lewis assentiu com a cabeça.

- Vocês ouviram o homem! mexam-se! - E os arqueiros da Segunda também se posicionaram.
Jones se posicionou junto a outras duas centenas de arqueiros, armou o arco com movimentos fortes demais, estava tenso. No horizonte, a multidão negra camuflada pelas sombras parecia caminhar tranquilamente. Soldados passaram apressados derramando uma linha de óleo diante da fileira de arqueiros. No instante seguinte ela estava acesa.

- Acender! - Algor comandou.

Uma pequena bola de fogo ardia na ponta de cada flecha.

- Preparar! -

Jones puxou a flexa contra a linha, até que ela rangesse um pouco.

- Deixem voar! -

As centelhas riscaram a noite deixando rastros laranja que rumavam para a escuridão. Houve uma breve chuva de fogo no horizonte, então Zaquerdon pode ver: A multidão era maior doque ele imaginara, não havia como errar uma flecha porque não havia onde errar. Os da frente usavam armaduras, eram oque restara da Terceira. A visão o fez lembrar das profecias de lunaticos sobre o exercito do inferno marchar na terra dos homens, e nesse momento era facil acreditar.
Os arqueiros atiraram outra vez, e outra e outra... Os Horrores tombavam, e dois outros pareciam tomar seu lugar. Eles se aproximavam. Uma agitação repentina veio da multidão, e ouviu-se o som do galope de algum animal pesado. Uma sombra enorme se aproximava numa velocidade assombrosa, o som do galope ficando mais alto. Quando as flechas cruzaram por cima da sombra, os soldados puderam ver apenas alguma coisa com dentes enormes e pontiagudos, e oque parecia apenas um homem cavalgando-a. A visão gelou os ossos até do mais bravo guerreiro.

- Infantaria, às suas espadas ! - Gritou Algor
- Azta hail! - Bradaram Zack, Dex, Phil e Jones. Bradaram todos os guerreiros

O Brado dos guerreiros foi seguido por gritos de agonia que pareciam vir de toda parte. Zack olhou a volta, varios Horrores avançavam vindo dos dois lados da estrada, da floresta, pegando todos de surpresa.
- Porra fodida! - Gritou Phil.

Os soldados golpeavam furiosamente com as espadas, despedaçando, as coisas mordiam e rasgavam, abrindo caminho. Os arqueiros estavam confusos e seu fogo foi dividido, tornando-se ineficaz. Caos total. Um terrivel grito de dor e o homem a esquerda de Zack tombou, uma das coisas agarrada em cima dele, olhando para Zack com furia e mastigando o olho que acabara de arrancar. A espada do rapaz riscou o chão do lado direito, fez um arco e caiu pesada do lado esquerdo. A cabeça do Horror voou no ar. Antes que tivesse tempo de erguer a espada novamente uma das coisas se aproximou correndo pela direita, e no momento que ia dar o bote, uma lança foi enterrada fundo em sua cabeça. Dexter recolheu o Javelin, chutando o corpo.

- Vamos dar o fora daqui, agora! - Disse Dex, correndo para os portões e puxando o amigo pelo braço.

- Recuar! Recuem para os portões! - Bradava a voz do capitão Algor, de algum lugar em meio ao caos.

Zack e Dex correram e econtram Phil quando passavam pelo portão, ele carregava Jones nas costas. Não houve tempo para perguntas, ouviram um estalo pesado e muitos gritos desesperados. Zack olhou pra traz, haviam fechado os portões e muitos, inclusive o capitão Algor, continuavam la fora. Um rosnar mostruoso se juntou aos gritos e, instantes depois, tudo cessou.

Instantes de silencio tenso, então os portões simplesmente explodiram sob o peso das patas de um monstro que lembrava um lagarto gigante, seu cavaleiro, um homem musculoso com varias tatuagens tribais no torax esposto, carregava o Capitão Algor pelo pescoço com uma das mãos e encarava os assustados soldados com seus maléficos olhos verdes.

- Vamos! precisamos chegar ao estábulo - Gritou Phil, mas Zack continuou olhando.

Não foram os Horrores que primeiro passaram pelo portão, foi uma carruagem enorme, puxada por dois cavalos negros. Dois arqueiros fizeram pontaria no cocheiro, que vestia um manto. Ele ergueu uma das mãos, e os arqueiros atiraram um na cabeça do outro. Zaquerdon olhou para o cocheiro, e as vozes de Dex e Phil ficaram cada vez mais distantes, tudo ficou mais distante quando só oque ele via era aquela maligna mascara branca. Então tudo desapareceu.





Próximo capitulo: Na trilha







5 comments:

Fred Martins said...

muito bom cara. Não para de escrever não pô. achei massa o capítulo o ruim foi estar um pouco esquecido da estória.


flw

Anonymous said...

Simplismente digno de virar filme cara!
muito boa à leitura..
flws.

Anonymous said...

muito bom =D
no final eu me perdi um pouco, mas gostei, graças ao pequeno prologo ai eu até conseguir lembrar de boa parte da história
para de escrever não cara.

corporaçãoMK said...

ah simmm
já apareceu o lobo já apareceu o cara com o largato, quando é que a águia entra na história eimm?
HIhahhiHhiahiahiah
;D

Gustavo Coimbra said...

q crescenet oq!