Tuesday, July 29, 2008

Lisa Wonderstain

Estar solteiro novamente não implica apenas em não ter uma transa garantida ou presentes em data especiais. Vai além mesmo da segurança emocional e do estado conformista de ‘ser o que se é’. Quem me conhece, ou seja, os leitores deste blog, até os que não comentam e se escondem por trás das sombras da vergonha e das árvores da libido e da inveja sabem que sempre fui muito coerente com o que acredito, gostem ou não, mas é difícil queimar minha língua naquilo que deposito minhas palavras, não estou falando de coisas mundanas, como Vasco X Flamengo, mas de convicções mais enraizadas, como religião, como amizade, como seriedade, como coragem, disposição... Mas mesmo assim estou solteiro. Um estado puramente emocional? Pra mim sim, percebo agora que sim. Mas a falta de uma entidade eterna (enquanto durar) do meu lado (esta oração é puramente figurativa) pode sim estabelecer novos posicionamentos, na verdade são exigidos novos posicionamentos. Posicionamentos estes que devem agora condizer com a sociedade ideal para mim, com fins nos confins das minhas metas. Não digo mudar o próprio nome e pintar o cabelo, mas de uma forma ou de outra o fluxo retoma o ponto de partida e mais uma vez você percebe que você esta fora de um eixo, que pode até não ser desejável, mas é perigosamente egoísta, se você se afastar muito dele ele quebra você. Ser solteiro mais uma vez é olhar no espelho depois de muitos anos, é ver que sua barba cresceu, longas cabeleiras caem sobre seus ombros, muitas rugas estão lá e o pior: você pode não se reconhecer ou até se odiar. E não me venha dizer que uma simples gilete resolve o assunto, não se tira aquilo que você passou anos construindo, lapidando. Não é fácil cuspir pra cima, pq vai sempre cair na nossa cara. É fácil quando ninguém vai olhar, é fácil quando você não tem boca pra dizer que tudo mudou, que você mudou. Mas se tem alguém ali te olhando, não é tão fácil não. Não vou renegar o monstro (no bom sentido da palavra monstro) que eu me transformei, não pq eu goste de tudo que sou, mas simplesmente não dá pra virar evangélico ou colocar um abadá, isso é atitude de fraco, e por mais que eu o seja de muitas formas, não serei neste quesito. Não irei fazer aquilo que eu sempre critiquei, até pq já aprendi a confiar em mim, mais do que em tudo. Afinal de contas a alguma coisa você tem que se agarrar. Não dá pra ficar mudando de forma desesperada, amanhã não me reconheceria, e é difícil amar aquilo que não tem forma, e eu amo me amar. No fim, só tem uma pessoa que é perfeita para nós mesmos, e nunca é de outro sexo, essa pessoa se chama Me, My Self and I. Ela será a última pessoa na qual perderemos a confiança, ela jamais nos trairá, nem nunca vai se separar da gente, e até no suicídio é ela que faz aquilo que não temos coragem. Por isso que digo, não da pra mudar o que nós somos na raiz, isso envenenaria toda a árvore e subjugaria todos os nossos frutos. Mas é preciso reavaliar uma série de coisas, sem dúvida. É preciso se redescobrir e ver que tem muita coisa errada, muita coisa fora do lugar, uma faxina do caralho, difícil de fazer, ao menos quanto se esta só. Tenho a sorte de ter uns bons amigos de merda, isso facilitaria pra qualquer um, mas o trabalho é quase todo de uma pessoa só. São muitos questionamentos, todos visando o mesmo objetivo, de todas as pessoas, de todas as nações, até do próprio e bom Jessé Custer, como matar Deus (isso foi uma piada). Repetindo: ...o mesmo objetivo, de todas as pessoas, de todas as nações, a busca pela miserável felicidade. Um miserável punhado de vibrações neurais que nos fazem gozar, sorrir, e pular de forma descontrolada. Nosso azar, e nossa sorte talvez, é que os cientistas de todo o mundo estão mais preocupados em encontrar a cura do câncer do que inventar a Injeção da Felicidade, que seria mais cabível. E a procura por esses tais momentos de puro gozo é que trazem a tão falada transformação. Estar solteiro novamente é ter que achar uma nova fonte de felicidade pra beber, pq a que eu tinha, acho que exagerei, bebi demais e ela secou. Mas não é simples não. Talvez seja pro Felipe, o mais Betinho do grupo, mas convenhamos que não é. É difícil ser o que se quer e ao mesmo tempo ser aceitável, não sou nenhum rockeiro sujo e jogador de rpg querendo pegar as gatas do objetivo, não se trata disso. Mas eu preciso de segurança, como qualquer um aqui, eu preciso de um ombro não apenas amigo, mas um que tenha um seio logo abaixo, no fim das contas ninguém vive só e para não ficar pra sempre só as pessoas tem que mudar, pouco ou muito quem decide somos nós, mas enfim, da pra brigar sim contra o sistema Betinho do mundo, mas pra isso teremos que abrir mão da pegar a Lisa Wonderstain, e ela é tão linda.

Obs. Os personagens dessa história, assim como o próprio autor são todos fictícios, todos fazem parte apenas de sua imaginação.

8 comments:

Gustavo Coimbra said...

ESSE COMENTÁRIO EH IMAGINÁRIO.

Anonymous said...

Quê isso? Tá viciado em hidrocodisona(vicodin) é Dr. Fredhausen?


Esse post realmente foi bem introspectivo, só tu mesmo pra entender ele completamente.

Fred Martins said...

Concordo com o Dellano, mas eu imagino uma pessoa que não me conhece lendo uma parada dessa. Deve entender nada. Só espero que vocês tenham conseguido absorver alguma coisa do que tentei falar.

André Rezek said...

eu intendi, talvez até por ter tido uma explicação preveia x)~
no final das contas, "mudar de forma sem mudar o caráter" u,u
talvez isso.. ou não x)

Gustavo Coimbra said...

pff

Anonymous said...

introspectivo total mesmo, mas deu pra sacar a idéia num geral.

porque teve uma explicação "preveia" como disser meu amigo said. iuehoias
seria uma explicação direto na veia?

Anonymous said...

Hahahahahahahahahahah

Caralho! Uma piada engraçada do Paulo!!! UHAeuhaeuhaiuaeiuhae

É Fred, a gente entende algo sim. por que somos seus amigos e sabemos mais ou menos como você pensa e se expressa. Mas e as pessoas que não são do kp e entram n o blog??! Você tem que pensar nelas tbm pow...
uhaeihaeiuhaiuhaihae

André Rezek said...

ah.. "prévia"
^^