Sunday, July 27, 2008

O Nome da Lâmina - Cap. 14

O Nome da Lâmina - Capítulo 14
A Verdadeira Armadilha





Os cascos do cavalo provocavam rápidos e sucessivos baques surdos contra o solo macio da floresta. Lobo galopava furiosamente através da floresta de Arkanum, debilitado, porém movido por uma determinação implacável, seguia a trilha que os quatro soldados sobreviventes haviam
deixado, que o levaria para aquela espessa coluna de fumaça negra no horizonte e, se fosse rápido o suficiente, para a verdade sobre seu passado.

Ainda pensava na história que o aztahli Jones lhe contara, sobre os Ogin, suas glórias em combate e seu trágico fim, pelas mãos do traidor, Kahn. Seria ele o Homem de Porcelana? E teria ele, Lobo, sido mesmo um Ogin? Quem era Kin Sarrah, o nome que lhe fora dito em sonho? o homem
que poderia esclarecer suas dúvidas aguardava no fim da trilha. Mas não seria fácil assim, ele sabia. Era uma armadilha, mas seja lá oque o aguardasse, um exército de horrores ou um poderoso acordador, ele retalharia tudo que o tentasse impedir.

Um outro barulho de galope se fez notar próximo. O samurai olhou em volta e viu, a certa distância, que o Grande Lobo Branco corria a seu lado.

- Suzeram! - Exclamou o samurai.

- Vejo que andou aprendendo -

- Então é verdade, esse é seu nome! porque não me contou? -

- É um deles, não tem realmente nenhuma importância, tem? eu sou o mesmo, quer você me chame de Suzeram ou Grande Lobo . -

Era verdade, dispensável qualquer resposta.

- Eu vi seu desempenho utilizando o Kal - Começou Suzeram - Arriscado, você poderia ter morrido junto com o garoto. Por que não simplesmente
cortou a cabeça dele? -

A voz de Suzeram era etérea, parecia vir de todo lugar, da própria cabeça do samurai, que estranhou a pergunta.

- Eu sou um guerreiro, não um assassino. - Respondeu.

O Grande Lobo assentiu com a cabeça, e desapareceu.

Cortar cabeças de inocentes não era o estilo de suzeram, qual era o objetivo daquela pergunta? Lobo cavalgou por algumas horas, o sol se pôs e deu lugar à noite, tornando o percurso mais difícil, o clarão alaranjado cada vez mais próximo, então, ele finalmente chegou à estrada
principal.

Lobo saíra da floresta, a estrada principal era uma larga faixa de terra batida cercada de mata dos dois lados, diante dele, estavam os muros do acampamento, feitos de madeira e com pelo menos três metros de altura, algumas partes haviam depencado, e por essas brexas Lobo podia
enchergar la dentro, um labirinto de destroços e barracas em chamas.

O cavalo relinchava com medo do fogo, e recusava-se a avançar, O samurai então o deixou, correu e saltou por uma das brexas no muro, adentrando aquelas chamas infernais.

O calor era insuportável, e a fumaça intoxicante, o samurai avançava por entre as vielas rapidamente, segurando o kimono contra o nariz. Até o tempo se distorcera, ele não sabia se havia andado uma hora ou cinco minutos, mas chegara a uma espécie de vão principal no centro do acampamento, que o dividia em dois, lá havia espaço para respirar e o calor não era tão intenso.

Ele arfava e suava muito, começara a se perguntar se realmente poderia haver um sobrevivente, quando, mais adiante da fumaça, enchergou um vulto indistinto.

Ele se aproximava às pressas e viu: Havia um tronco em meio à clareira, e uma corda pendia dele, na corda, amarrado pelas mãos e suspenso a dois metros de altura estava um homem. Ele tinha cabelos longos e barba espessa, vestia uma armadura e uma capa vermelha, estava desacordado ( não podia estar morto!) a capa o envolvia de modo que ele lembrava um saco de carga muito surrado, Algor estava deplorável.

Havia um amontoado de coisas abaixo do homem, destroços ou sacos de suprimentos, Lobo não via bem, mas ele podia subir e tirá-lo de lá. o samurai correu para o pequeno monte, mas, quando estava diante dele, uma coisa estranha aconteceu. Um par de enormes olhos vermelhos, com pupílas em fenda se abriu, e um forte brilho vermelho surgiu no monte escuro, uma agitação no ar como uma forte respiração.

Lobo rolou para o labo instintivamente, sentiu uma baforada muito quente passar a centímetros dele, lhe causando muita dor. Ajoelhado, ele olhou a volta e viu que um rastro de fogo se estendia da sua antiga posição até uma pequena cratera mais adiante, o monte negro agora se erguera sobre quatro patas, com imensas garras muito afiadas, era na verdade uma imensa criatura, uma espécie de lagarto gigante, sua pele tinha um aspecto pútrido, e vários ossos pontiagudos surgiam nas suas costas, desde a cauda, e terminavam em um grande chifre vermelho na posição do nariz, ele parecia um grande pesadelo em meio à fumaça negra.

Um novo tipo de Horror? pensou Lobo, mas então constatou outra coisa, em volta do pescoço da criatura havia um cordão de metal, e pendurado nele uma pequena bolinha de vidro, alikal. O grande monstro era um acordador!

- Eu sou Inferno, um dos quatro grandes acordadores, estive esperando por você .. - Disse a criatura por entre seus enormes dentes, com uma voz muito grave, rouca, e um bafo quente de podridão e morte - .. e eu não gosto de esperar! -

Dito isso, o grande chifre vermelho na cabeça do mostro começou a emitir um intenso brilho vermelho. o samurai ficou de pé, esperando o pior. Ele sentiu a criatura sugar o ar em volta inflando seu peito. O monstro abriu a boca de forma ameaçadora, seu toráx se contraiu rapidamente e uma imensa bola de fogo foi cuspida na direção de Lobo.



Próximo Capítulo: Um Nome

4 comments:

Gustavo Coimbra said...

shauhuas
Gostei cara!
Só fiquei esperand mais do finalzinho capítulo.. mas fazer oq?
tô esperando o prox.

Anonymous said...

É a segunda vez que eu to comentando neste post. vim ler os comentários e vi que o meu decidiu ir embora, talvez para um outro post. Mas de qualquer forma, tinha dito asicmanete que gostei, to achando massa a história toda, se bem que vai ser ainda mais massa, quando ela terminar e poder ler toda de uma vez. Keep writing careca dourada.

André Rezek said...

caralho que loco.. Òó
indo direto pro proximo :D

Anonymous said...

po cara.. to achando muito bom mesmo :D
a narração ta ficando cada vez melhor.