Tuesday, April 03, 2007

A Moeda de Nora-Char. Cap 5.


A Moeda de Nora-Char




Capítulo 5 - Char e Cano-de-Fogo


A poeira ainda pendia no ar. Ivan tossia para fora todo o pó engolido, enquanto Tomás fitava o motohead na ‘porta’ de seu bar. Uma alça caia do ombro até a cintura do motohead, em diagonal, terminado em uma UZI. O olhar do lunático estava fixo em Ivan, um olhar lunático que poucas vezes Tomás havia visto na tv, mas que sempre detestara.

Em alguns segundos a poeira já havia baixado. Agora estava tudo bem nítido, os três parados, calados, e um muito bem armado. O lunático não tinha nada no macacão além de uma numeração na altura do estômago. #1.

- Hei! Jô-e e Patrûick! – o motohead gritava para alguém na rua, mas sem tirar os olhos de Ivan – Achei doss vermê-lhos aquê!

Ivan pela primeira vez olhou para a rua, lá viu pelo menos 20 homens vestidos do mesmo jeito, todos eles estavam armados, alguns entravam nas casas, atirando ou ateando fogo. Dois deles vigiavam um grupo de pessoas, vermê-lhos, e ciborgues-cults que já haviam sido retirados das casas. Os motoheads eram famosos por suas caçadas aos ciborgues, mas a muito pararam de caçar apenas máquinas e começaram a matar o que eles chamavam de vermê-lhos, humanos, mas o motivo se desconhecia.

Dois emptyheads que estavam parados no meio da rua vieram até o motohead no buraco, eram Joe e Patrick, Tomás deduziu. Cada um deles trazia uma colt no bolso frontal do macacão, Joe ou Patrick, Tomás não sabia os nomes, ainda tinha um cinto com 4 granadas pendurado no ombro.

- Vê-jaum êssis doss, estavan a nós esperar! – os outros dois ladearam o número primeiro, sorrindo.

- Nos deixe ir! – o gordo cortara o silencio – Não fizemos nada a vocês!

- Ié? – o motohead apertou o gatilho de sua UZI, uma linha de tiros foi explodindo no chão até chegar a um metro dos pés do gordo, que caiu de costas no chão, se perguntando se havia se mijado novamente – Naum abra maiss a bô-ca, vermê-lho!

Tomás não estava com medo, o bar estava destruído sim, mas e daí? Pelo menos não havia sido por um demônio alado. Tinha que se acalmar e tentar sair daquela situação. Abaixou a cabeça e começou a procurar pela .38 e facilmente encontrou, estava a dois metros de sua mão esquerda, não podia simplesmente ir lá e pegar, precisava que os motoheads se distraíssem ai...

- Ê non pênse em pê-gar a arma! – disse o motohead #1, apontado a UZI para Tomás.

Os motoheads não eram adolescentes vândalos, como os Vanguardas, e Tomás sabia disso, eles eram na maioria ex militares expulsos do serviço após a tomada de poder de 2032. Jogados à miséria decidiram se voltar contra o atual governo, destruindo seus principais filhos, os ciborgues. Quase 400 ciborgues havia sido destruídos pelos motoheads, não apenas os marginalizados e inúteis, mas também os servis do governo.

- Pa-rê de assusta-lós, matê-os lôgo! – disse Joe/Patrick.

- Ei malditos! – Ivan havia se levantado – A menos que me matem cantando uma linda canção, EU SOU IMORTAL! Então tomem isso! – e levantou o dedo do meio. Ivan gargalhava alto, se contorcendo de tanto rir.

Os motoheads apenas fitaram Ivan com seu olhar débil, sem expressão.

- Vô-ce naum vale a bala quê eu vóu gâstar! – disse o #1.

Ivan olhou para Tomás e levantou o dedo indicador e tocou o peito. O #1 era dele.

A palma bateu no chão frio. E ‘Char’ se ouviu.

O #1 se tremeu por um segundo e então ficou imóvel, sem órbitas, os outros dois o olhavam.

- Ê-i a-mî-go? – disse Joe-Patrick – Algum probléma?

O motohead #1 pegou a UZI em sua cintura e se virou rapidamente, colocou-a no peito do homem a sua direita e abriu fogo, transformando o motohead em uma peneira cheia de sangue. O da esquerda tirou rapidamente uma longa faca de caça do cinto e com precisão militar cortou a garganta do #1, sequer avaliou sobre a situação, rapidamente pegou a colt em seu bolso frontal para matar Ivan e Tomás e então sentiu uma coceira engraçada dentro da cabeça e caiu para trás. Morto. Um buraco no olho.

A fumaça ainda saia do cano-de-fogo nas mãos de Tomás.


Próximo Capítulo: Marca do Pecado.

5 comments:

Anonymous said...

"sentiu uma coceira engraçada dentro da cabeça e caiu para trás. Morto. Um buraco no olho."

caralhoooo :D
eiuohais
mto massa loko =)
achei essi final mto bom ow =P
qnd sai o próximo? :)

Anonymous said...

muito bom kra
muito bom mesmo
ahiiahaiahaihaiha
esses caras que caçam os robôs parecem robôs!!
ei muiiiiito bom o desenho do motohead ^^

Anonymous said...

"A palma bateu no chão frio. E ‘Char’ se ouviu."

/,,/



Legal esse também.
Mas e esse "sotaque" escroto dos motohead's?

Anonymous said...

CARAIU!! eles sao meus com-pa-dres da Colombia mah!!!
saushuahsuahushuash!!!
=DDDD
MANDA A OUTRA LOGO POW!!!!!
=DDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDD
me manda uma msg qnd sair!!!
muito bom! sempre aumentando a qualidade.... eu quero é ver o livro desse bixo!
=DDD
flws mermao.

Anonymous said...

auauuauau muito bom!!!
a ação ta acontecendo, como eu esperava, e melhor!!!
pow tou gostando muito do sotaque dos motohead's, da pra lembrar perfeitamente o "laranja mecanica"!
tou esperando os proximos capitulos!!
beijos!