Monday, April 30, 2007

A Moeda de Nora-Char. Cap 9.

A Moeda de Nora-Char




Capítulo 9 - Underground - Parte 4 de 5


A poeira já havia sentado e Tomás achou que havia se passado 5 minutos. Olhou para cima e viu o céu estrelado, era a segunda vez que o teto do bar era destruído naquele dia. Puxou as pernas debaixo de uma outra tora de madeira, viu que a perna esquerda havia sido perfurada por um tiro, mas de raspão. Levantou-se com dificuldade, sentia uma dor intensa no ombro esquerdo, um pedaço de reboco devia tê-lo atingido depois que desmaiou. Ainda tinha a colt na mão, algumas paredes ainda se sustentavam verticalmente, mas todo o resto estava no chão, assim como os motoheads, a maioria adotara o modo horizontal da existência. Tomás caminhou entre os escombros, se ele estava vivo, talvez um motohead também estivesse. Não demorou a ver um lunático com um grande pedaço de concreto no peito, se esticava para alcançar uma UZI que estava a pouco mais que um metro de seu corpo. Tomás atirou em sua cabeça e assim fez com mais 3 que encontrou gemendo entre os escombros. Já havia recuperado sua escopeta e antes de ir embora avistou o boxeador. Foi até o motohead, que estava em pé, encostado inclinado em uma tora do teto.

- A-ha, ora quem esta aqui! – Tomás trazia um sorriso no rosto, sua voz grossa não transparecia seu cansaço. – Que tal se eu treinar uns golpes nessa sua cara imunda!

Tomás pousou as armas no chão, ia descontar alguns socos no motohead boxeador. Ficou pulando de uma perna para a outra, os braços em posição na frente do rosto. Se esquivava como se alguém o tentasse acertar.

- Vendo? Eu ainda tenho alguma mobilidade, seu lunático de merda! Meu pai sempre dizi....

Blleeeeaaaaassssshhhhhhhhhh...

Uma chuva de sangue calou Tomás, que levou as mão a cabeça para se proteger, sentiu o gosto de sangue na boca, e porra, não era o seu. Virou-se a procura de algum outro motohead, ou qualquer coisa que pudesse ter matado o boxeador a sua frente jogando cérebro na sua boca. Mas quando olhou para o motohead, percebeu que o que quer que fosse aquilo tinha vindo de dentro do homem. Sua cabeça estava intacta, mas não seu estômago. O motohead tinha um buraco enorme no estômago, tripas haviam se espalhado por todo o lugar, pedaços de estômago estavam pregados na jaqueta de couro de Tomás, que ficou ali um momento olhando para o homem mutilado. Tomás de chofre correu. Pegou as armas e correu para os fundos do bar. Pulou os destroços o mais rápido que pode e se jogou atrás de um muro que ainda estava de pé. Com imaginado, uma série de pequenas explosões começaram a jogar tripas por todo lado. Cada corpo ali caído começou a virar uma fonte de sangue e restos corporais.

Tomás vomitou mais uma vez. Muito. E outra vez. Já fazia algum tempo que não tinha mais o que vomitar, mas a situação exigia pelo menos suco gástrico.


Próximo Capítulo: Underground - Parte 5 de 5


4 comments:

Anonymous said...

que bizarro!
me lembrou um filme sobre uma prisão futurista, onde botavam um neg~ço nos estomagos das pessoas, e quando se comportavam mal, axo que explodia, não lembro :P

Anonymous said...

não pow dava um choque
e realmente explodia quando queria matar eu assisti isso no dumingo maior

Anonymous said...

shuahsuhauhsu!
pode crer!
acho q o nome do filme eh a fortaleza....
hahahaha!!! muito bom o texo frevo!
Char!

Anonymous said...

iuoehuias :)
nunca vi essi filme :x
poha.. deixo nem o tomás c vingar
eiuhas :D